Espíritos Famintos (2007)

Eu sou tão viciada em filmes de terror, que, desculpem-me a prepotência, considero-me especialista. Desde criança, é o meu gênero de filmes favorito, diferente dos outros gêneros, eu não tenho nunca essa de “não estou na vibe”, logo, eu vejo desde os mais trashs até os mais cults. Vou dos clássicos aos telemovies sem nenhum problema ou preconceito. Ao meu ver, existem três tipos de filmes de terror: O terror inteligente (que muitas vezes é um psicológico), o terror de sustos e o terror que falha, ou seja, aquele cheio de clichês que é só barriga, não dá sustos e também não tem uma trama bem amarrada. Surpreendi-me bastante ao assistir “Espíritos Famintos“, achei que ele fosse do terceiro tipo, mas, longe disso, ele é uma junção dos dois primeiros.

O enredo gira em torno de uma família composta por pai, mãe e filho, moradores de Xangai (sendo que a mãe é americana), que vai para os Estados Unidos para o funeral de um tio. Eis que estamos no ‘Mês dos Espíritos‘, segundo a tradição chinesa, e o menino Sam (Regan Oey) começa a ver demônios, assombrações e até mesmo a ser perseguido.

Algo fica claro desde o início: a família esconde muitos segredos. Depois de um tempo, Sam fica muito doente, porém, a medicina não está conseguindo salvá-lo e sua mãe Sarah (Jamie King) passa a acreditar no que até então parecia inacreditável em uma corrida contra o tempo para salvar seu filho dos espíritos. Sua única ajuda é um farmacêutico local que parece saber tudo sobre o assunto.

A trama inteira decorre sem nenhuma barriga ou clichê. Inicialmente, nem mesmo sou capaz de citar algum outro filme (da minha vasta coleção de assistidos) que se assemelhe a este. Temos aqui uma trama MUITO bem amarrada, inteligente e que dá vários sustos. Não há aqui qualquer tipo de apelação.

Esta é uma produção lançada em 2007, estrelando a atriz Jaime King, por quem eu sou apaixonada desde que assití Sin City e a série Hart of Dixie. A moça, mais uma vez, mostra à que veio. Já seu marido, Jason (Terry Chen), não tem muitas chances de brilhar, sendo o personagem totalmente secundário e passando grande parte do longa no trabalho longe da família na maioria dos momentos de crise.