Oxigênio

‘Oxigênio’ é um filme francês que estreou em maio de 2021 na Netflix. Olha, que filme maravilhoso. É isso, sem delongas, sem enrolação. Fiquei impactado e surpreso com cada desenrolar que se apresentava a minha frente. Não é um tipo de gênero novo e certamente veremos muito mais desse tipo por aí, mas ele foi especial para mim. Não saber o que esperar e descobrir os segredos junto com a protagonista deu um ar muito melhor do que eu esperava.

Sinopse: “Presa em uma câmera criogênica, Liz precisa descobrir sua identidade antes que o oxigênio acabe.”

 

Essa sinopse é rasa e impressionantemente precisa sobre o que é o filme. Começamos ele acordando dentro de uma câmara criogênica junto com a nossa protagonista Liz, vivida por Mélanie Laurent (Bastardos inglórios). A memória dela não está em perfeitas condições e com isso nós vamos juntos nessa história. Caso tenha problemas de claustrofobia, é muito bom ficar longe dele, pois o confinamento aqui é brutal e fica pior no decorrer da projeção.

Nossas informações iniciais são bem básicas e bem pé no chão de acordo com o que nos é mostrado. Sabemos que ele se passa um pouco mais no futuro devido a tecnologia empregada nessa câmara. Um ser artificial chamada MILO é o nosso anfitrião e de cara nós somos levados a compará-lo com o HAL 9000 de ‘2001, Uma Odisseia do Espaço’. Sua frieza e lógica nos irrita de cara nos levando a crer que ele não será um aliado.

Nada disso nos leva a saber ao que vai acontecer mais pela frente. É nesse momento que paro de falar sobre ele e peço para que o vejam. A sua mente não está preparada para isso e é esse detalhe que me fez amar esse longa. A surpresa junto com a imensidão do que real está acontecendo me tirou do chão e me fez abraçá-lo como uma grande obra do estilo. Se já viu, sabe do que estou falando. Se ficou curioso, veja, pois acredito que vale a pena.

A maravilhosa direção é do Alexandra Aja que tem feito filmes de médio orçamento muito bons por aí como ‘Predadores Assassino’ (2019) e ‘Viagem Maldita’ (2006). É muito bom notar o que ele fez em um espaço tão pequeno de filmagem. Um outro destaque fica para o roteiro escrito por Christie LeBlanc que fez aqui o seu primeiro trabalho na função. Um longa desse tamanho sem um roteiro bom não seria nada e ele entrega o suficiente para nos manter por 90 minutos compenetrados e nervosos olhando para a tela.

Recomendação bem alta. Nota 10.