Os Três Mosqueteiros

A história de ‘Os Três Mosqueteiros’ deve ser uma das que mais foi adaptada para outras mídias. Essa, junto com ‘O Conde de Monte Cristo’, são as obras máximas do escritor francês Alexandre Dumas (1802 – 1870). Entre as versões, as que mais gosto são: ‘Os Três Mosqueteiros’ de 1993 e a versão mais velha desses heróis em ‘O Homem da Máscara de Ferro’ de 1998. Essas são duas versões me marcaram muito e acabo por indicar a quem está lendo esse texto. ‘Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan’ é só a primeira parte de dois filmes planejados e essa primeira empreitada já me deixou uma boa impressão.

Sinopse: “Nascido em Gasconha, sul da França, D’Artagnan é deixado para morrer depois de tentar salvar uma jovem de ser sequestrada. Ao chegar a Paris, ele tenta por todos os meios encontrar seus agressores. Ele não sabe que sua busca o levará ao centro de uma guerra real em que o futuro da França estará em jogo. Aliado à Athos, Porthos e Aramis, três mosqueteiros do Rei com uma temeridade perigosa, D’Artagnan enfrenta as maquinações sombrias do Cardeal de Richelieu. Mas é quando se apaixona perdidamente por Constance Bonacieux, a confidente da Rainha, que d’Artagnan se coloca verdadeiramente em perigo.”

https://www.youtube.com/watch?v=xKL9UJIxBd0&t=10s

Esse filme foi mais um que julguei com antecipação. Fiquei me perguntando para que mais uma adaptação de uma história que todo mundo já conhece. Talvez os mais jovens não saibam, mas mesmo assim. Para a minha alegria, tive a língua queimada com gosto. Ele conta a mesma história que já conhecemos com algumas nuances diferentes e bem atrativas para o expectador, seja veterano ou de primeira viagem nessa história maravilhosa e que não cansa.

Já em sua primeira tomada, somos apresentados a uma cena de ação com uma câmera que junta muita movimentação com um certo plano-sequência (com seus devidos truques para parecer mais dessa forma). Esse estilo nos dá uma sensação de caos ao mesmo tempo que parece nos inserir em tela nos dando uma forte imersão. O ponto negativo dela é o fato de que pode causar uma certa confusão no que se está vendo. Por ser uma câmera muito ágil, pode dar uma certa sensação de vertigem e em certo ponto fazer você se perguntar sobre o que está acontecendo realmente na tela. Isso se segue durante todas as cenas de ação do longa.

O segundo ponto que me chamou a atenção foi o valor de produção empregado a esse longa. Direção de arte perfeita e figurinos impecáveis. Todo filme francês de época tem essa preocupação valiosa com uma retratação minuciosa e aqui não é diferente.

O último ponto a ser mencionado é sobre a história em si. Temos uma conjuntura de aventura capa e espada entranhada com uma conspiração político-religiosa digna de um bom thriller cinematográfico. Nossos heróis se envolvem sem querer em uma situação em que só eles mesmos poderão se salvar. Algumas certas mudanças da história original são feitas, mas ao meu ver, é super válido justamente para não vermos a mesma coisa só que de forma um pouco diferente.

‘Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan’ tem um final, porém temos duas grandes pontas soltas para a sua continuação que até aqui está sendo chamada de ‘Os Três Mosqueteiros: Milady’. A informação que tenho é que esse novo capítulo chegará ainda esse ano por aqui. Espero que sim, dessa forma nossa espera será curta e teremos uma história completa. Vale dizer que existe uma cena pós-crédito logo após os créditos iniciais que já nos dá um tempero do que veremos a seguir.

Lembre-se: se houver uma morte sem o corpo a vista, pode ser que o personagem não tenha morrido de verdade. Ainda mais se ele caiu de um penhasco no mar. Artimanha clássica e altamente cliché que ainda vemos muito por aí.