O Rei Leão

Sempre me pergunto se filmes clássicos devem ter remakes. Não só remakes, como reboots também. Na maioria das vezes acredito que o que é perfeito não deve ser mais tocado. Em poucos casos, acredito que sim, deve ser feito. O Rei Leão se enquadra na última opção para mim. O original de 1994 é sem dúvida um dos maiores sucessos da Disney de todos os tempos e nada melhor do que atualizá-lo para as crianças de hoje e também para agradar os velhos nostálgicos que viram o original anos atrás. Apesar de algumas coisas terem me incomodado, o resultado final ainda é excelente.

Sinopse: “Simba (Donald Glover) é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar (Chiwetel Ejiofor) faz com que Mufasa (James Earl Jones), o atual rei, morra ao tentar salvar o filhote. Consumido pela culpa, Simba deixa o reino rumo a um local distante, onde encontra amigos que o ensinam a mais uma vez ter prazer pela vida.”

Infelizmente, demorei bastante para ver esse filme no cinema. Essa resenha está saindo 2 semanas após a estreia. Digo isso, pois fui pego por comentários soltos por aí falando mal das expressões faciais dos animais e da dublagem nacional. Por mais que eu não quisesse, acabou me afetando, mas nada tão grave que afetasse toda a minha experiência. Sobre a dublagem nacional, não posso comentar nada, pois vi legendado. Sobre as expressões, realmente em muitos momentos deu pra perceber como eles ficaram um pouco duros demais na hora de falar e se expressar, mas isso é do de menos em comparação a tudo.

Agora que já falei o que não gostei, posso falar do que eu amei. O CGI do filme é ótimo, me fazendo duvidar em muitos momentos o que é real ou não, inclusive a paisagem. Apesar de saber tudo o que aconteceria, não temos como nos tornar frios em momentos como o estouro dos animais e a morte de Mufasa. Até hoje considero esse um dos grandes momentos do cinema e aqui não deixa a desejar. Lágrimas foram deixadas na sala do cinema. E o que dizer de Timão e Pumba? Esses dois são meus personagens preferidos desde sempre e vê-los aqui me deu um misto de alegria e nostalgia tanta que queria simplesmente cantar as músicas junto com eles.

Por falar nas músicas tenho uma pequena reclamação também. Há 2 meses vi Aladdin (desculpe a comparação mas precisa ser feita) e toda as músicas estão espetaculares, pois conseguiram dar uma versão orquestrada a todas elas, transformando-as em músicas mais épicas que o normal. Aqui não. As músicas estão lá, cantarolei todas mas me faltou esse impacto que senti em Aladdin. Ainda assim, é excelente escutar“Ciclo Sem Fim”, “Hakuna Matata” e “Can You Feel The Love Tonight” novamente. Dá vontade chorar só de lembrar delas. E ainda temos espaço para Beyoncé cantar uma música inédita chamada “The Spirit”, e ela mostra a que veio. Se destaca facilmente no meio dos outros.

Ele se parece demais com a versão original, sem nada de muito novo para ser acrescentado, mas certamente vale o ingresso no cinema. A atualização é muito bem-vinda e achei até necessária. As pessoas precisam ver. A ida ao cinema é muito garantida. Não há como sair triste do cinema, e ainda vai sair cantando todas as músicas ao mesmo tempo.