O Protocolo de Auschwitz

‘O Protocolo de Auschwitz’ é daqueles filmes que nos fazem ter vergonha do ser humano. Posso dizer também que ele é a cara do tipo de obra que o Oscar adora premiar. O Holocausto sempre foi uma grande mancha sombria na história da humanidade e acho sempre válido lembrarmos de tal acontecimento para não repetirmos. Ele conta sobre a história real de dois homens que fugiram do campo de concentração de Auschwitz e que avisaram ao mundo o que estava acontecendo lá dentro de verdade.

Sinopse: “Em O Protocolo de Auschwitz, acompanhamos a história de Freddy e Walter – dois jovens judeus eslovacos que foram deportados para Auschwitz em 1942. Em 10 de abril de 1944, após um planejamento meticuloso e com a ajuda e a resiliência de seus internos, eles conseguiram escapar, tentando cruzar a fronteira para assim encontrar a liberdade.”

De cara, já posso informar que ele não é o tipo de filme que qualquer um possa ver. Ele possui muita maldade e isso entra fundo na nossa alma. Não mostra nada explícito. O que acontece aqui é mais psicológico. Consegui me sentir como um prisioneiro e consegui sentir toda a maldade emanada por pessoas sem empatia alguma. Esses detalhes são importantes, justamente para entendermos o que foi esse grande campo de concentração. O maior criado pelos nazistas.

O longa possui 3 atos bem certinhos. O primeiro mostra como é a vida como prisioneiro, o segundo nos mostra toda a fuga dos dois personagens protagonistas e, por último, a revelação para o mundo sobre o que estava acontecendo. Até esse último ato ele é um filme até normal em questão de narrativa. Nada realmente diferente e diria que é até uma obra bem morna. O seu final é que mostra de verdade para o que veio. A revelação de todos os horrores cometidos através de um manifesto de 32 páginas feitos por Freddy e Walter.

Mesmo com provas em mãos, o mundo não conseguiu acreditar nos fatos. A ideia dos prisioneiros era que isso fosse revelado ao mundo e que logo em seguida bombardeassem toda a área mesmo que os prisioneiros morressem juntos. Eles já tinham concebido que todos estavam mortos ali dentro de uma forma ou de outra, por isso poderia sacrificar a todos. Um pensamento forte, mas que mostra o desespero em que se encontravam. Ainda assim, a história mostra que não foi da forma que eles queriam que aconteceu e depois de uma grande demora é que o mundo resolveu agir.

Recomendo ele com parcimônia. É um bom filme, mas que pode nos afetar de certa forma. Sempre recomendo esse tipo de registro histórico. Acho importante conhecermos o passado para não repeti-lo no futuro. Por esse motivo, eu recomendo bastante.

Após o longa se encerrar, durante os créditos são colocados vários áudios atuais com líderes que nos permeiam no momento falando atrocidades dignas do que aconteceu na 2º Guerra Mundial. Entre eles, temos o nosso presidente sendo representado duas vezes com falas absurdas e vergonhosas. Isso mostra que apesar de tudo isso, todo esse aviso, todo esse conhecimento histórico, ainda temos pessoas atrozes como líderes mundiais. É por isso que cada vez mais eu tenho vergonha de ser um humano.

‘O Protocolo de Auschwitz’ se encontra para aluguel e compra nas plataformas digitais.