O Homem Invisível
O mestre do suspense, Alfred Hitchcock, dizia que cinema era imagem. O diretor e roteirista Leigh Wannell (co-criador de “Jogos Mortais”) seguiu a fórmula do mestre ao pé da letra, as falas deste longa poderiam até ser todas cortadas, ainda assim ele seria impactante e faria todo sentido.Este não é propriamente um remake do clássico de James Whale (baseado no livro homônimo de H.G. Wells),já que a história é bem diferente e o novo filme aborda também o importante tema de relacionamentos abusivos, que tinha ficado um pouco esquecido no cinema atual.
Sinopse: “Presa em um relacionamento violento e controlador com um rico e brilhante cientista, Cecilia Kass (Moss) escapa na calada da noite ajudada por sua irmã (Harriet Dyer), seu amigo de infância (Aldis Hodge) e sua filha adolescente (Storm Reid). Mas quando o ex abusivo de Cecilia (Oliver Jackson-Cohen) comete suicídio e deixa para ela uma porção generosa de sua vasta fortuna, Cecilia suspeita que sua morte foi uma farsa. “
Fazendo menção aos saudosos filmes de suspense dos anos 80/90 como “Dormindo com o inimigo”, “Mulher solteira procura”, “A Mão que balança o berço” e “Sepultado Vivo”, somos levados à um mundo de terror tanto real quanto psicológico, recheado de reviravoltas. Aqui o diretor nos detém completamente, decidindo quando podemos respirar ou não. A imersão do expectador é completa.
Que a atriz Elisabeth Moss era detentora de talento inegável nós já sabíamos. Apesar de ter começado em 1990, só ganhou destaque na série “Mad Men”(2007), no indicado ao Oscar “The Square”(2018) e mais ainda em “Os Contos da Aia” (no ar desde 2017). Mas em “O Homem Invisível” não conseguimos tirar os olhos dela, é impressionante a empatia que sua personagem nos causa, mais ainda, como ela consegue passar pânico, dor e tristeza simplesmente com expressões faciais. Expectativas altas não serão decepcionadas.