Mundo Estranho
Todo mundo sabe que a Disney é a precursora no ramo da animação nos cinemas. Ela já teve sua Era de Ouro com filmes como Bambi e Branca de Neve, sua Era de Prata com filmes como Aladdin e o Rei Leão, e agora uma nova Era que teve Frozen como pontapé inicial. ‘Mundo Estranho’ é mais um nome nessa lista de uma empresa que está comemorando os 100 anos de sua fundação. Para adiantar um pouco, posso dizer que essa nova obra foi feita para toda a família e com uma grande pegada de aventura.
Sinopse: “A família Clade não é muito igual as outras. Eles são exploradores que desbravam novas terras e estão em uma missão para explorar um mundo estranho e não conhecido. Porém, as diferenças entre os membros da família podem por sua nova missão em risco.”
O mundo em que se passa esse longa animado não é igual ao nosso mundo. Ainda não estou me referindo ao tal “mundo estranho”, ele só aparece depois na história. Me refiro ao mundo em que somos apresentados inicialmente. As pessoas vivem em um lugar rodeado por montanhas onde nenhum ser humano conseguiu passar. Quem tentou, morreu no percurso. É nesse momento que conhecemos os homens da família Glade. Exploradores que virão a fazer história nesse lugar pequeno e pacato.
Somos apresentados a 3 gerações dessa família e eles são os devidos protagonistas da história. Como toda família que vemos por aí, vemos problemas de relacionamentos entre eles. Como história paralela, acompanhar o desenrolar deles é que faz com que ele seja melhor visto junto com toda a família. Conflitos de gerações sempre existirão e cabe a todos notarmos nossos erros de criação. Por mais que você diga que nunca tratará seu filho da mesma forma que foi tratado pelo seu pai, erros continuarão acontecendo. A conversa entre todos sempre é necessária para um bom convívio e para evitar futuras desavenças.
Quando eles caem no famoso “mundo estranho” é que a história começa de verdade. É nesse momento que começamos a contemplar um lugar completamente bizarro e levemente familiar. Existe uma explicação do porque esse lugar ser tão estranho, mas vou deixar quieto e deixar que descubra por si só. Só basta saber que ele ao mesmo tempo é assustador e completamente belo com suas criaturas mais estranhas do que as outras, mas bastante eficaz para o que se propõem.
É nesse lugar que a parte técnica da animação se sobressai. Com suas cores vivas e detalhes, transformam um take comum em algo imensamente belo. Sei que muitas vezes esses detalhes não são muito capturados pelo público comum, mas repare nos cabelos, barbas e principalmente na pele dos casacos. O nível de detalhamento é absurdo de perfeito. Isso não deixa o longa melhor ou pior, mas é lindo demais contemplar esse visual na telona.
Eu vi a versão dublada e está muito boa, até recomendo que a vejam dessa forma, mas preciso destacar o elenco de vozes originais. Temos Jake Gyllenhaal (O Abutre) como Searcher Clade; Jaboukie Young-White (O Plano Imperfeito) como o Clade mais jovem; Dennis Quaid (Viagem Insólita) como Clade mais velho; Gabrielle Union (Os Bad Boys) como a dona de casa durona que ama pilotar; e Lucy Liu (As Panteras) como a chefe da expedição ao ‘Mundo Estranho’.
Esse é o filme perfeito para se levar a família ao cinema. Quando digo isso, é a família inteira mesmo: avô, filho, mulher, homem, namorado/a, cachorro, papagaio, etc… Ele é bem divertido e possui bastante aventura. Temos comédia também, por mais que não seja o seu ponto forte. Além disso, ainda aprendemos um pouco mais sobre a natureza e como deveremos tratá-la se quisermos viver todos em harmonia. Um prato cheio para a diversão.