Mulher Maravilha 1984

Mulher Maravilha 1984 foi mais um entre vários filmes que foram prejudicados pela pandemia. Inicialmente, marcado para estrear em junho de 2019, teve seu lançamento adiado para dezembro. Aqui no Brasil estreou nos cinemas e nos Estados Unidos estreou no cinema e no serviço de streaming da HBO Max. Uma decisão polêmica que revoltou alguns cineastas, mas que virou a estratégia da Warner Bros. Todos os seus lançamentos sairão dessa forma, até o final de 2021 pelo menos. Outro ponto que tenho que destacar antes de começar a falar sobre ele é o fato de ter tido excelentes criticas antes de ser lançado e como após o seu lançamento as críticas caíram a ponto de ser um dos piores longas avaliados da DC. Particularmente, acho um tremendo exagero.

 

Sinopse: “Mulher-Maravilha 1984 acompanha Diana Prince/Mulher-Maravilha (Gal Gadot) em 1984, durante a Guerra Fria, entrando em conflito com dois grande inimigos – o empresário de mídia Maxwell Lord (Pedro Pascal) e a amiga que virou inimiga Barbara Minerva/Cheetah (Kristen Wiig) – enquanto se reúne com seu interesse amoroso Steve Trevor (Chris Pine).”

 

Estou longe de achar ele maravilhoso e bem longe de achar esse desastre todo que estão pintando. Ele fica ali no meio com seus altos e baixos. Começarei falando dos pontos que me fizeram gostar. É impossível não curtir a cena de abertura com as Amazonas, novamente elas estão mostrando como são boas e que merecem algo próprio para ontem. Gostei das cenas de ação como um todo mesmo elas sendo muito cartunescas. Impossível não pensar algo como “ah tá bom que isso aconteceu”, mas faz parte da imersão. Os vilões também estão muito bem, sendo um caricato e megalomaníaco e a outra que não quer voltar a ser perdedora que ela achava que era. Falarei um pouco mais deles depois. Dei um belo sorriso também com o “jato invisível” da heroína, um clássico do desenho Super Amigos. Basicamente a parte boa foi essa.

 

Como pontos baixos já começo citando a metragem do longa com suas 2h 30min. Longo demais e que poderiam ter sido comprimido em um tempo menor. Isso certamente cansou um pouco a quem estava assistindo. O filme precisava mesmo passar em 1984? Fiquei nessa dúvida e não achei uma lógica do porque dessa data em si. Se fosse nos dias de hoje teria sido a mesma coisa. A volta do Steve Trevor não foi de toda ruim, mas também achei desnecessária. Tudo bem que ele estava ali para mostrar que a Diana deveria sacrificar os seus desejos para um bem maior, mas achei um pouco forçado. Com ele é que temos as melhores piadas ainda assim. Tudo bem também ele ser um piloto na 1º Guerra Mundial, mas chegar agora e pilotar um jato não é um pouco demais???

 

Em um determinado momento do filme somos deparados com uma dúvida que ronda os fãs por muito tempo. A Mulher Maravilha voa ou não? A brincadeira é comprada e aqui mostra mais ou menos como ela voa. E a resposta é que ela voa mas não voa. Entendeu? Pois é, confuso, mas tá lá. Para mim valeu pelo momento nostalgia, pois sempre me perguntei sobre isso. Isso junto com o avião invisível já valeu mais do que muita coisa.

 

Os atores para mim não comprometem em nada aqui. Gal Gadot (Liga da Justiça) como Mulher Maravilha continua linda e maravilhosa sem nada de novo, fazendo o mesmo que sabe que deu certo. Chris Pine (Star Trek) voltando como Steve Trevor também foi jogar no certo. O tom dele está perfeito nos trazendo as melhores piadas quando brinca com a época que ele se encontra. Para mim quem brilha mesmo são os vilões. Pedro Pascal (O Mandaloriano) como Maxwell Lord está completamente caricato e megalomaníaco, exagerado demais, mas é por isso que gostei dele. O vilão que quer dominar o mundo, muito clichê, perfeito. Kristen Wiig (Missão Madrinha de Casamento) como Barbara Minerva/Mulher Leopardo está uma força da natureza. Ela começa como um bobona e logo se mostra um mulherão cheio de confiança e sex appeal.

 

Essas foram minhas impressões, e como falei, cheia de altos e baixos. Achei um exagero enorme estar sendo massacrado, mas quem manda é o público. Temos uma cena pós-crédito remetendo uma história contada no meio do longa e uma aparição surpresa e especial nesse momento, Só não sei dizer no momento se foi apenas uma brincadeira ou se levarão esse acontecimento para a terceira parte da franquia da heroína. Seria muito legal e um baita tributo.