Midsommar – O Mal Não Espera a Noite

No ano passado, fomos apresentados a “Hereditário“, que erroneamente, foi chamado por muitos de o melhor terror da década. Quando o diretor e roteirista anunciou seu próximo longa do mesmo seguimento, a expectativa ficou alta, felizmente, Ari Aster não decepciona. Nos entregando uma obra mais completa, complexa e artística do que a anterior. Em “Hereditário“, temos praticamente dois filmes diferentes, já que a narrativa muda completamente a partir de um fato trágico, aqui, também temos um acontecimento forte que nos faz sentir o estomago revirar, porém, a partir de então o filme ganha ritmo mais intenso sem mudar.

Sinopse: “Dani e Christian formam um jovem casal americano com um relacionamento prestes a desmoronar. Mas depois que uma tragédia familiar os mantém juntos, Dani, que está de luto, convida-se para se juntar a Christian e seus amigos em uma viagem para um festival de verão único em uma remota vila sueca. O que começa como férias despreocupadas de verão em uma terra de luz eterna toma um rumo sinistro quando os moradores do vilarejo convidam o grupo a participar de festividades que tornam o paraíso pastoral cada vez mais preocupante e visceralmente perturbador. Da mente visionária de Ari Aster surge um conto de fadas cinematográfico encharcado de pavor onde um mundo de escuridão se desdobra em plena luz do dia.

“Midsommar” (solstício solar), é sobre jovens que viajam para a Suécia para participar de uma espécie de festival, lá encontram um culto de hábitos estranhos e belos que os cativa. Mesmo com o choque cultural eles acabam adentrando aquele mundo cada vez mais.

Em várias cenas somos informados do que irá acontecer a seguir, para perceber é preciso ter o olho muito treinado para não perder estas informações que inicialmente parecem jogadas soltas e corriqueiras mas que fazer todo o sentido mais a frente. O bizarro e o belo se contrastam e se fundem o tempo todo. Estamos acostumados ao medo se passar no escuro, aqui, o horror encontra-se em plena luz do dia.

As majestosas fotografias dão um show, onde beleza e grotesco se intercalam, e muitas vezes, se fundem em um mesmo frame. Um filme redondo, onde a trama faz sentido, a narrativa é linear e sabemos logo do ponto de vista de quem estamos vendo a história.