Me Chame Pelo Seu Nome
Com 4 indicações ao Oscar como melhor filme, melhor ator (Timothée Chalamet), roteiro adaptado e canção original, e com uma coprodução de França, Itália, Estados Unidos, Brasil, e também, baseado no livro homônimo escrito por André Aciman, temos aqui um lindo filme sobre como o amor pode ser belo sem distinções. Com a produção do brasileiro Rodrigo Teixeira, que graças a este longa, conseguiu sua primeira indicação ao Oscar, e com a direção de Luca Guadagnino (Um Mergulho no Passado), temos aqui também, uma grande obra de arte.
Sinopse: “O jovem Elio está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda com a chegada de Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai.”
Quem nunca sonhou em ter um amor avassalador, daqueles que você nunca esquecerá por mais que venham outros depois? Ainda mais um amor de verão, o qual nunca mais irá se repetir. Basicamente essa é a história resumida do filme, logicamente que é mais do que apenas isso. Incrível como uma história tão simples pode se tornar algo grandioso e até mesmo algo épico, dependendo de como se conta. Isso devido principalmente a direção e aos atores envolvidos em cena.
Confesso que só fui perceber o quão grandioso é o filme nos momentos finais, com o grande diálogo do personagem de Elio, vivido por Timothée Chalamet (Interestellar) e seu pai, vivido por Michael Stuhlbarg (A Forma da Água) que explica como a natureza arruma um jeito de achar nossos pontos fracos e como podemos viver por muito tempo e nunca ter uma paixão tão avassaladora, e que devemos nos orgulhar quando a achamos. Isso e o porquê do filme se chamar “Me Chame Pelo Seu Nome”, que ganha contornos mágicos, e que é encerrado com a última linha do roteiro.
Um ótimo filme para amantes do cinema mesmo. Tudo nele é lindo, desde a fotografia, a forma como a câmera se move, assim como os diálogos incríveis que saem da boca dos personagens, até a caracterização da época, pois se passa em 1983. Ele acaba se tornando um típico longa de festival, quase indie. Felizmente já é sabido que terá uma continuação. Cabe aos amantes desse longa esperar e torcer para que chegue logo aos cinemas.
PS: Vejam o Armie Hammer dançando. É muita vergonha alheia. Segundo o próprio, ele sentiu mas vergonha de dançar do que de gravar as cenas de sexo.