“Cidadão Kane” (1941) é considerado pelos especialistas um dos maiores filmes de todos os tempos. “Mank” é a história da feitura de seu roteiro e o que levou Herman J. Mankiewicz a escrevê-lo. O filme é uma parceria entre pai e filho, dirigido por David Fincher e roteirizado por Jack Fincher. David (Garota Exemplar e Clube da Luta) teve a brilhante ideia de filmar o longa nos moldes e com as cores de “Cidadão Kane” fazendo de “Mank” uma verdadeira obra de arte cinematográfica.

Além da parte técnica e do roteiro primoroso, o sucesso do filme se da também a brilhante escolha de elenco. Amanda Seyfried (Mamma Mia) emociona no papel da esposa do milionário Hearst, com seus grandes olhos tristes, doçura e ilustra bem a mulher inteligente e rica que precisa se esconder atrás do estereótipo de loira burra e deslumbrada.

Já era de se esperar o brilhantismo do camaleônico Gary Oldman na pele de Mankiewicz. O ator dentre outros papeis já se destacou como Drácula em 1992 , Comissário Gordon em 2005 e mais recentemente foi agraciado com o Oscar de Melhor Ator pelo filme “A Hora Mais Escura” no qual interpretou Winston Churchill.

Ao contrário do que se pode imaginar, o polêmico Orson Wells (diretor, ator e produtor de “Cidadão Kane) fica em segundo plano, aparecendo poucas vezes. Mas é notório que os maneirismos e a aparência ficaram muito semelhantes a de Wells  na pele do ator Tom Burke.

“Mank” é uma homenagem a Hollywood e ao mesmo tempo uma crítica aos poderosos como Hearst (homem que inspirou o personagem Charles Foster Kane em “Cidadão Kane”) que tem o mundo no bolso por influência e dinheiro.  “Mank” tem cara de Oscar e promete agradar os cinéfilos.