Maestro
Com Pio Marmai, como ator principal, (o mesmo ator da comédia “Beijei uma garota”) mostra mais uma vez seu talento cômico. As expressões faciais de susto, surpresa e encantamento do ator já praticamente cumprem a função das falas. Só de olharmos para o personagem Henri já começamos a rir.
O filme é um retrato engraçado (mas não hilário), de como nós todos “rebolamos” para crescer na carreira profissional escolhida, principalmente um ator iniciante, como é mostrado neste longa francês.
Apesar do filme não ser uma comédia de extremismos, em alguns momentos a platéia gargalhava em uníssono. As cenas mais engraçadas são compostas pelos dois amigos super enrolados e atrapalhados Henri e Nicoballon.
Os cenários são belíssimos, compostos principalmente por majestosas paisagens naturais, mas também em parte por lindas ruas francesas. A trilha sonora composta quase que por completo por músicas sem letra, acaba causando um ar doce de comédia do cinema mudo lembrando um pouquinho de “Chaplin”.
“Maestro” é um filme honesto e delicado, contando com um romance ao estilo “A megera domada” misturando com um triângulo amoroso pouco usual.
Ao ver este filme, preste bastante atenção ao Sr.Rovère (o diretor), este personagem acaba sendo um show à parte.
Sinto informar que o final deixou bastante a desejar, a ideia é dar a entender um determinado fim, porém acaba faltando um desfecho, o espectador fica meio sem entender o porquê de todo o filme. Mesmo assim assisti-lo é algo bastante agradável, vale à pena.
“Maestro” está em exibição no Terceiro Festival de Cinema francês no lindíssimo e escondido “Cine Joia” ( Av. Nossa Sra. de Copacabana, 680 – Copacabana). O lugar é uma graça, muito vintage, lembra os cinemas de mais de 20 anos atrás. As poltronas simples são coloridas, os ingressos são vendidos a preços populares e o frequentador ganha um cartão fidelidade onde a cada 10 carimbos (contando entradas ou pipoca compradas na pequena lanchonete temática ao lado), você ganha um ingresso.
Sinopse: Henri, um jovem ator que sonha em trabalhar na franquia “Velozes e Furiosos”, acaba conseguindo trabalhar em um filme de Cédric Ròvere, mestre do Cinema Autoral. Apesar das condições de filmagem surpreendentes, Henri é positivamente afetado pelo charme do parceiro e a benevolência do diretor, enquanto Rovère é conquistado pelo charme juvenil do ator.
Datas de exibição; Dia 10 – 12:30; Dia 12 – 14:20; Dia 14 – 14:30; Dia 16 – 18:30
por Luciana Costa