Lightyear

Lá no já longínquo ano de 1995, estreava Toy Story e conhecíamos o Andy, um garoto que tinha um monte de brinquedos cujo o seu preferido era o Woody, um caubói. Nesse filme também conhecemos o novo brinquedo do menino que era nada mais nada menos do que o space ranger Buzz Lightyear, que veio a ser o brinquedo preferido do próprio Andy. Segundo a mitologia da história, foi graças a ‘Lightyear’, esse filme do qual escrevo a resenha nesse momento, que Andy se apaixonou pelo personagem e o fez querer tanto tal brinquedo. Um pequeno exercício de metalinguagem que pode vir a confundir quem quer que seja que esteja lendo.

Sinopse: “Lightyear é um Patrulheiro Espacial que em um teste de voo da nave espacial faz com que ele vá parar em um planeta hostil e fique abandonado a 4,2 milhões de anos-luz da Terra ao lado de seu comandante e sua tripulação. Enquanto Buzz tenta encontrar um caminho de volta para casa através do espaço e do tempo, logo descobre que já se passaram muitos anos desde que seu teste de voo ocorreu e que agora quem estão vivos são os descendentes de seus amigos, além de seu charmoso gato companheiro robô, Sox. Para complicar as coisas e ameaçar a missão está a chegada de Zurg, uma presença alienígena imponente com um exército de robôs implacáveis e com um plano misterioso.

Vamos lá, apesar de ser uma animação feita pela Pixar, ela não é simplesmente algo tão familiar quanto suas obras anteriores. Vou explicar melhor, ele é uma ficção científica na veia. Ainda dá para toda a família ver junta, mas a física aplicada na história pode vir a deixar algumas pessoas confusas e não se situar em algo meramente feito para a família. Se você entendeu de boa aqui é porque sua aula em ‘Interestellar’ (2014) deu certo ou você realmente entende sobre espaço e tempo. Não é para qualquer um, convenhamos.

Além disso, ainda fala sobre viagem no tempo. Se voltar ao passado, ele simplesmente vai apagar todas as vidas que surgiram após o fiasco em seu primeiro voo. O lado bom e ruim do mesmo personagem vem a tona e nos mostra que o livre arbítrio ainda está ali. Será que outras versões de você mesmo fariam sempre a mesma coisa ou tomariam caminhos distintos ao seu? Pura filosofia e puro suco de ficção dignas de um Star Trek da vida.

Calma, se ainda não viu, ele não é algo extremamente difícil de acompanhar. Ainda estamos falado da Disney e Pixar, temos espaço para os momentos engraçados e puramente divertidos. Comentei apenas detalhes de uma trama um pouco mais elaborada do que o normal. Não o acho melhor do que Toy Story e nem coloco esse título entre os top da empresa, mas é inegável dizer que ainda é algo muito palpável e que possa vir a despertar algo na criança que há dentro de você.

Esse foi o grande filme que o Andy viu que o fez se apaixonar pelo personagem. Será que ele terá o mesmo efeito nas crianças de hoje? Não saberia dizer ao certo, mas diria que não. O que sei é que essa é mais uma grande história contada pela Pixar que temo não ter o mesmo apelo apreço de obras clássicas da empresa. Mesmo assim fico com o pensamento que todos deveriam ver, adultos e crianças. Seja juntos ou separados.