Jurassic World: Domínio

‘Jurassic World: Domínio’ chegou ao cinema esse ano com a missão de terminar a trilogia que começou em 2015. O sucesso dele era mais do que certo. Todo mundo gosta de ver dinossauros no cinema. É uma franquia que não cansa o público em geral, mas será que esse final foi realmente bom? Será que essa nova trilogia foi realmente boa? Ao meu ver, não. Talvez o primeiro se salve, mas o segundo e esse agora só conseguiram me irritar.

Sinopse: “Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros agora vivem e caçam ao lado de humanos em todo o mundo. Esse frágil equilíbrio remodela o futuro e deve determinar de uma vez por todas se os seres humanos continuarão sendo a espécie dominante em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história.

Acredito que a maioria das pessoas que o viu, gostou. Nem sempre o grande público está se importando se as coisas fazem sentido ou não, elas querem diversão. Em se tratando de Jurassic World, elas querem dinossauros correndo e tentando comer gente, criando o caos pelo mundo e que tenha aquele momento épico com o T-Rex a ponto de tocar a música clássica tirada de Jurassic Park (1993). Tudo bem também, afinal, muitos querem sair para ver um filme no cinema e simplesmente se divertir sem ter que pensar.

Lógico que esse filme tem vários momentos divertidos e que devem empolgar ali e aqui, mas é inegável dizer que esse roteiro é uma bagunça sem tamanho. Além de que ele mostra uma canastrice incrível em seus diálogos. Vide todas as frases de efeito após algum tipo de ação. Isso sem mostrar a forçação de barra que é juntar os novos personagens com os clássicos oriundos de Jurassic Park. É legal e emociona um pouco? Sim, mas é tacado na tela.

Eles tentam tacar a nostalgia aqui como uma grande fonte de entretenimento, mas falha. Por mais que seja legal sentir esse sentimento de passado, viver só disso não funciona muito. Quero lembrar também que agora o mundo está cheio de dinossauros vivendo normalmente por aí. Só isso já seria motivo para um caos completo no planeta. Poderiam aproveitar isso, mas não. Criam outro tipo de “parque dos dinossauros” onde o algoz de novo são as grandes corporações e o grande vilão predador do longa não é nenhum dinossauro, e sim gafanhotos. Ainda temos tempo para um vilão maléfico dos filmes anteriores aparecer completamente arrependido aqui e do nada virando um dos heróis. Olha, foi difícil.

Muitos nem estarão aí para o que falei e com razão também. Mesmo com isso tudo que falei, a diversão está ali. É possível simplesmente desligar o cérebro e curtir uma montanha-russa sem pé nem cabeça. O que vale no final é a diversão dos interessados. Resta saber se esse filme foi realmente o último da franquia. Talvez descanse um pouco e voltem com outra ideia mais para a frente, pois é impossível deixar uma franquia que gera bilhões de lado.