Halloween Kills – O Terror Continua

Halloween – A Noite do Terror” (1978) é considerado o primeiro filme de seu nicho, inspirando muitos outros como “Sexta-Feira 13” e “A Hora do Pesadelo”. John Carpenter imaginou um assassino mascarado mudo, assustador demais para ter lógica. Nós vemos as matanças do vilão Michael Myers através de seus olhos. O diretor, por sua vez, se inspirou em “Psicose” (1960) de Alfred Hitchcoock ao inserir uma música tema para quando o assassino está prestes a atacar. “Halloween” é uma franquia controversa que conta com 11 filmes que se anulam entre si. Em 2018 quando “Halloween” foi lançado, houve o anuncio mundial para que fossem ignorados todos os filmes da franquia menos o primeiro. “Halloween Kills – O Terror Continua” toma como ponto de partida exatamente o final do anterior.

Na trama é colocada a genial ideia de trazer de volta personagens do primeiro filme, não só Laurie Strodes (Jamie Lee Curtis). As crianças do primeiro filme cresceram aterrorizadas pelo assassino mascarado que eles chamam muitas vezes de “bicho-papão”. Este medo foi passado por gerações para filhos e netos. Quando Michael aparece, a cidade decide que é hora de por um fim de uma vez por todas no assassino e no terror que ele espalha mesmo que isso custe a vida de pessoas inocentes. Fica a reflexão de que existem vilões e violência dentro de pessoas comuns.

 

Laurie Strodes foi a primeira final girl (termo utilizado no gênero slasher para determinar a sobrevivente do assassino que o enfrentou), não é a toa que o público vibra com sua aparição em tela. Diferente do filme lançado em 2018, Laurie tem um papel mais secundário, já que passa a maior parte do longa ferida em um hospital, mas isso não a impede de criar ideias e teorias sobre seu nêmeses.

A trama é baseada em uma boa ideia, o fã do primeiro filme fica feliz ao rever alguns personagens e ser apresentado a algumas histórias de origem. O problema é que o fã purista de slasher vai ao cinema justamente esperando mais do mesmo com alguns gratos acréscimos. A cartilha é simples e normalmente seguida à risca. O assassino aterroriza a cidade, mata vítimas, até que alguém cria uma teoria de como acabar com ele. Por fim, quando respiramos aliviados fica a dúvida se aquilo realmente funcionou, a resposta é sempre dada no filme seguinte, salvos casos em que não houve continuações. Aqui, o diretor David Gordon Green quis inovar o que pode causar desconforto no fã da franquia. No fim, fica quase certo que haverá uma continuação.