Gavião Arqueiro: 1ª Temporada

O Gavião Arqueiro sempre teve o estigma de ser o pior vingador. Aquele que ninguém se importa e aquele que todos julgam ser o mais fraco por estar entre eles. Eu sou do time contrário. Apesar das reclamações terem um fundo de verdade, acho injustas também. Ele foi o único vingador original que não teve um filme solo até aqui e agora foi agraciado com uma série de 6 episódios. Uma minissérie, já que possivelmente não teremos uma 2º temporada. Parece pouco, mas não é. Muitas coisas acontecem nesses poucos episódios e, na minha opinião, alavanca o personagem como um dos mais legais da Marvel Studios.

Primeiramente vou falar das coisas que não gostei nela e isso vai ficar estritamente nas partes técnicas. Não gostei da direção que em muitas vezes transformou as cenas de ação em algo muito mal dirigido e robótico quando me refiro as lutas. Melhora no seu último capítulo, dando a impressão que foi o único momento que se importaram de verdade. Também achei o roteiro um pouco problemático. O fato de ter muito vai e vem com situações que pareciam não sair do lugar deu a impressão de que estavam enrolando sem saber para onde ir. Reclamo disso porque estamos falando de uma série de 6 episódios. Não era para ter enrolação, era para ir direto ao ponto.

Apesar desses problemas, ainda a acho uma boa série. O que ela perde nas partes técnicas ela ganha na simpatia e no humor dos personagens. Isso para mim foi o mais importante e foi o que me fez ir até o fim feliz e torcendo para que eles voltem a aparecer o mais rápido possível por aí. A Marvel, desde o início do seu marketing, fez questão de frisar que era um novo clássico natalino. Isso por si só já queria dizer que ela seria leve e bem família.

A ligação familiar aqui é muito forte. Todos os personagens que aparecem na série possuem um assunto a se tratar sobre suas respectivas famílias. Clint tentando voltar para a casa a tempo do Natal; Kate Bishop encarando seus problemas com a mãe e o futuro padrasto; a Maya tentando vingar a morte de seu pai; e até mesmo a Yelena tentando matar o Clint por achar que ele foi o responsável pela morte da nossa querida Viúva Negra em Vingadores: Ultimato. Todos esses arcos são fechados de formas bem satisfatórias.

Todos os personagens aqui são muito bons e não tem um do qual eu não gostasse. Até a Gangue do Agasalho conseguiu me divertir, mas o grande destaque para mim foi a inclusão da Kate Bishop no universo Marvel. Ela é a melhor personagem e aprendemos a amá-la quase que imediatamente. Até mesmo quando ela faz burrada nós somos capazes de passar um pano pra ela e dizer “tadinha, ela é nova nisso”. Muito desse carisma vem da Haille Steinfeld (Bumblebee) que manda muito bem no papel. Ainda em tempo, gostaria também de destacar a Florence Pugh (Midsommar: O Mal Não Espera a Noite), como Yelena, que mesmo aparecendo pouco ainda se torna uma das melhores personagens da série.

Eu poderia falar um pouco mais de cada personagem, mas a resenha ficaria gigantesca. Assunto tem, mas tento ser um pouco sucinto com elas. Após comentar isso tudo só me resta falar das cenas pós-créditos. Vi por aí que muitas pessoas odiaram. Entendo que de certa forma ela não abre nenhuma porta para o que vem em seguida do universo Marvel, mas as pessoas odiaram mais mesmo por ser algo que elas odeiam naturalmente. Não vou estragar para quem não viu ainda, mas eu digo que amei e achei extremamente divertida. Porém, sou suspeito, pois gosto muito da narrativa empregada nessa cena.

Por um mundo onde realmente exista um musical sobre os Vingadores.