Falcão e o Soldado Invernal 6º Episódio – SPOILER ALERT!

FALCÃO E O SOLDADO INVERNAL – EP. 6”

 

Episódio 6 – Um Mundo, Um Povo

 

Sinopse: “Quando os Apátridas intensificam seus esforços, Sam e Bucky decidem agir”

 

Por mais que eu estivesse ansioso e confiante para esse final, nada me preparou para algo muito melhor do que eu esperava. Esse episódio foi épico no nível de mudar algumas coisas no Universo Marvel. Certamente terá impacto no que vier pela frente e o mundo certamente olhará para nossos heróis de uma forma diferente. Ele conseguiu me arrepiar, fazer bater palmas, me empolgar e até mesmo chorar com certas resoluções. Tudo merecido.

 

O episódio começa exatamente onde o último terminou. Os Apátridas interrompem a reunião do CRG e os mantém presos momentaneamente dentro do prédio. Sharon Carter está nos Estados Unidos e chega para ajudar os heróis. Achei bem mal feita a forma como ela se apresenta. Simplesmente aparece dentro do perímetro cercado pela polícia, mas ok. Quando o Falcão chega para ajudar, os vilões começam a colocar em prática o seu verdadeiro plano. Criar um tumulto para que no meio da confusão consigam sequestrar os poderosos do CRG.

 

Não demora muito e enfim vemos o que estamos esperando desde o início. Nosso amado Sam Wilson assumindo o manto do Capitão América. Ele aparece com uma nova roupa que lembra muito a usada por Steve Rogers, usando o escudo e ainda mantendo as asas do Falcão. Lindo demais, gostei também que mesmo sem um superpoder, ele conseguiu lutar de igual, graças ao uso da força da turbina de sua asa, que conseguia dar impulso e uma certa força nos impactos.

 

Sam rapidamente saca qual é o plano real de Karli, mas Batroc aparece para enfrentá-lo. O grupo do CRG é dividido em 3 e Bucky e Sharon vão atrás de salvá-los. Karli liga para Bucky, usando esse método para atrasá-lo, mas ela não contava que a Sharon também estivesse ali. No final, os 3 grupos do CRG são levado pelos Apátridas, 2 grupos por meio de vans e 1 grupo por helicóptero. Esse é o cenário perfeito para cenas de ação incríveis. Elas são entreguem e não nos decepciona.

 

Karli continua cada vez mais fanática pelo seu ideal e decide matar os reféns caso o seu plano não saia como deveria. Acha que dessa forma a sua mensagem chegará ao mundo. Os seus companheiros notam esse lado mais fanático, sentem dúvida, mas acabam concordando com ela no final.

 

A perseguição aérea mostra o quanto Sam está preparado para ser o novo Capitão América. Salvando policiais de uma queda de helicóptero e também salvando os reféns da mão dos Apátridas no final dessa sequência. Tudo isso simultaneamente com Bucky tentando salvar os reféns que foram levados de carro. Karli está implacável e coloca a vida de um grupo de reféns em risco só para tentar fugir do Bucky. Nesse momento chega John Walker ainda vestido como Capitão América e com um novo escuto, pronto para impedi-la. Ele não parece muito bem da cabeça e assim começa mais uma sequência de luta.

 

No meio da luta, Karli pega um dos carros com reféns e arremessa dentro de um canteiro de obras, mas o carro fica pendurado em meio as vigas de aço da obra. Esse é o momento crucial que irá definir a vida de John Walker daqui para a frente. Salvar os reféns ou ir atrás de Karli. Ele fica confuso, mas finalmente faz o certo. Larga o escudo improvisado fora e salva os reféns de uma possível morte certa. Nunca duvidei de sua índole, e nos mostra apenas do que ele foi capaz num momento de desespero e tendo o pior dia da sua vida com a morte de seu melhor amigo.

 

Mesmo assim os Apátridas atacam ele e com a luta, acaba soltando o carro que na última hora é salvo por Sam, usando os seus propulsores a jato para dar força. Esse é o passe para que a população já o veja como o novo Capitão América. Batroc aparece para salvar os Apátridas e eles conseguem fugir. Rumamos para mais uma perseguição com os heróis se dividindo novamente atrás dos vilões.

 

Sharon Carter acha a Karli primeiro e temos aqui uma grande revelação (não tão grande assim porque eu já tinha cantado essa pedra desde o episódio 2). Sharon é o grande Mercador do Poder. Consegui aceitar isso, mas gostaria de saber como ela chegou nesse patamar de ser o mais temido de Madripoor, ainda mais porque estamos falando de uma cidade com a nata da bandidagem. Me custa um pouco entender como isso aconteceu, mas ok.

 

Sharon tenta convencê-la a ser unir a ela novamente. Batroc aparece e descobrimos que Sharon o contratou para achar a Karli. Ele pede 4 vezes mais do dinheiro que ela prometeu a ele ou ele contará ao mundo quem ela é de verdade, mas é lógico que num impasse entre vilões, algo vai dar errado. Um tiroteio começa e Sharon é atingida por um tiro e Batroc é morto por ela. Sam chega e vê Karli apontando uma arma para Sharon que está ferida no chão.

 

Pela última vez Sam tenta convencer Karli de que ela não deve fazer isso. Ela mais uma vez não aceita e uma luta entre os dois começa. Por mais que ela o ataque, ele não ataca de volta, apenas se protege dos golpes. Ela consegue derrubá-lo e em seguida pegar uma arma e aponta para Sam. Quando ia puxar o gatilho, Sharon, mesmo ferida, aparece e dá vários tiros em Karli. Em seus últimos momentos de vida ela se desculpa com Sam e morre logo em seguida.

 

Tudo o que Sam queria desde o início era salvá-la. Ele tinha empatia pela causa dela, mas achava os meios errados e isso levou a morte da vilã. Princípios ferrenhos que ela preferiu levar até as últimas consequências em vez de tentar olhar por uma ótica diferente. Isso de certa forma é uma derrota para ele. Ele preferia ter resolvido tudo sem nenhuma morte. Essa dor que ele sente vai ser toda despejada na cena seguinte, na qual ele dá um discurso perfeito. Digno do novo Capitão América.

 

Bucky e Walker conseguem capturar os outros membros dos Apátridas sem luta, apenas usando a inteligência.

 

Sam ressurge no meio de todos com o corpo de Karli nas mãos. Os membros do CRG agradecem a ele por terem sido salvos e dizem que vão continuar com seus planos. Os argumentos dados pelo CRG são até válidos, mas não são os corretos pela ótica da empatia. Sam faz o discurso mais pefeito para a situação. Um discurso que poderia muito bem ser feito no nosso mundo real. Temos situações bem parecidas por aí e garanto que a empatia não está presente em nenhum momento. Esse discurso foi o suficiente para fazer com que eles revissem a forma como estava tratando toda a situação. Mesmo morta, Karli conseguiu uma parte de seu objetivo inicial.

 

Os Apátridas remanescentes serão levados para a Balsa (já falei dela nos textos anteriores). No meio do caminho o carro onde eles estão explode e logo vemos quem foi o autor da explosão: o mordomo do Zemo. Em seguida vemos o próprio Zemo na Balsa recebendo a informação da morte deles. Ele não consegue esconder uma satisfação em sua cara. Por mais que ele seja um vilão, ele estava certo sobre Karli, já era tarde demais. De uma certa forma ele saiu vitorioso nessa história toda.

 

John Walker ganha mais uma chance e agirá agora como Agente Americano a mando da Val. Ele usará o mesmo uniforme que antes, só que preto, muito parecido com o dos quadrinhos. Eu senti uma falta de consequência para o personagem. Ele deveria pagar mais por ter sujado a imagem do Capitão América. A sua punição oficial foi ser expulso de suas funções, mas eu particularmente achei pouco. Não posso mudar isso, mas espero que ele possa se redimir mais pela frente. Afinal, ele não é uma pessoa ruim, apenas alguém com a cabeça abalada após uma série de coisas ruins. Qualquer um está sujeito a isso.

 

A Val muito me parece como um Nick Fury um pouco as avessas. Ele recrutava heróis, ela me parece que vai recrutar os degenerados. Uma esperança é que os Thunderbolts sejam formados daí. Eles são um grupo feito apenas por vilões e anti heróis. John Walker é apenas o primeiro, mas já temos muitos por aí. Fica no ar essa possibilidade.

 

Bucky resolve enfim riscar os nomes do seu caderno. Começa justamente com o sr. Nakagima, o mesmo que vimos no 1º episódio. Ele conta a verdade sobre a morte de seu filho e convenhamos, não deve ser fácil nem falar e nem ouvir sobre isso. Conseguimos sentir a dor e o pesar do nosso querido herói, mas o certo muitas vezes não é o caminho mais fácil. Isso é apenas o início da paz que ele quer sentir dentro dele mesmo. Sabemos que enfim ele vai conseguir acabar com os seus pesadelos.

 

Sam vai vistar o Isaiah mais uma vez. A conversa entre eles é bem melhor e bem mais leve do que as anteriores, e sabemos que Isaiah enfim reconhece tudo o que o Sam fez. Esse segmento é o mais emocionante de toda a série e o final dele é de fazer as lágrimas escorrerem pelo olho. Sam leva Isaiah e seu neto para o Museu do Capitão América e lá temos uma homenagem a Isaiah Bradley, o Capitão América negro que existiu e que ninguém nunca soube. Que momento incrível e merecido para o personagem. Uma reparação histórica que foi tardiamente reconhecida. Antes tarde do que nunca.

 

A sequência seguinte também é ótima e vemos Sam e Bucky confraternizando na cidade onde Sarah vive. Ver o Bucky sorrindo, leve e brincando com crianças é muito satisfatório e temos a sensação de que o ciclo do herói foi fechado. Ele deixou o antigo Soldado Invernal para trás de vez e temos uma pessoa de bem consigo mesmo e feliz. A série acaba com os dois heróis juntos e bem. Agora como amigos, irmãos e parceiros para a vida.

 

O letreiro final aparece novamente e tem seu nome mudado, agora a série se chama Capitão América e o Soldado Invernal.

 

Como de costume em todas as produções da Marvel Studios, ainda temos uma cena pós-crédito. Nela acompanhamos a Sharon Carter sendo perdoada publicamente pelo governo norte-americano. Ela não consegue apenas o perdão, mas como também o seu antigo trabalho. Ela sendo neta da famosa Agente Carter, deveria ter mesmo um prestígio maior. Ao sair da audiência ela fala com alguém por telefone e já começa a colocar no papel os seus próximos planos como Mercador do Poder, sendo que ela terá total acesso a segredos do governo, protótipos de armas, e o que mais tiver. Assim a série se encerra e já começamos a querer saber o que virá em seguida.

 

Logo após o fim da série, foi confirmado um 4º filme do Capitão América. Provavelmente começaremos dessa cena pós-crédito. Quando será? Não sabemos ainda, só podemos esperar que seja o mais breve possível. Agora que venha a série do Loki que começará em junho e acredito que essa será a mais louca da Marvel.