Eternos
Quando menor, eu era um leitor ávido por quadrinhos. Sempre fui um fã da Marvel e lia histórias dos X-Men, Homem-Aranha, Capitão América, Hulk, entre outros. Mesmo assim eu nunca conheci os Eternos. Por um lado foi ótimo, pois ir para o cinema sem ter que ficar comparando também é bom. A minha experiência foi muito parecida com a de Os Guardiões da Galáxia. Não conhecia nada e saí feliz demais com o que vi. Aqui eu tive a mesma sensação. Saí feliz com o que vi e empolgado com o que virá pela frente. Já posso considerar os Eternos no leque de meus heróis preferidos.
Sinopse: “Os Eternos do Marvel Studios apresenta um empolgante novo time de super-heróis no MCU, aliens ancestrais que vivem na Terra em segredo por milhares de anos. Seguindo os eventos de Vingadores: Ultimato, uma tragédia inesperada os força a sair das sombras para se reunir contra os mais antigos inimigos da humanidade, Os Deviantes.”
Antes de começar a falar sobre o filme, darei um pequeno resumo de quem são os Eternos. Ele foram criados em 1976 por Jack Kirby na revista The Eternals #1 e são seres criados pelos Celestiais para proteger a humanidade dos Deviantes, inimigos mortais milenares. Essa premissa breve e curta é o suficiente para desenvolver uma nova mitologia no Universo cósmico da Marvel Studios. Se ficamos assustados com Thanos, pelo jeito o pior ainda estará por vir.
Agora, falando somente sobre o longa em si. Só tenho elogios para com ele. Pode ser que tenha algum furo no roteiro, algum errinho ali e acolá, mas nada me incomodou o suficiente para trazer algo ruim sobre ele. Amei todos os 10 novos heróis. Uns mais do que os outros sim, mas todos já estão no meu coração. Alguns tem um tempo maior de tela que outros, mas tem espaço para todo mundo brilhar. Todos tem aquele momento pra chamar de seu e se tornar memorável da sua forma.
Gostei que mesmo com bastante personagens e serem todos novos para o público, ainda assim conseguiram desenvolver e colocar motivações plausíveis para todos. Temos tempo de conhecê-los e entendê-los. Até mesmo quando não concordamos com algo, conseguimos aceitar o porque de terem feito isso. Eles são uma grande família que se amam e lógico que também possuem desavenças. Isso é muito bem desenvolvido a ponto de sorrirmos, chorarmos, sentirmos ódio e acabarmos emocionados em determinados momentos cruciais.
Outro ponto positivo foram os Deviantes, os grandes vilões dessa história. Você sente o peso deles, são realmente poderosos e em todo o momento sentimos que os Eternos estão realmente em perigo e que podem morrer. Ao contrário dos outros longas, que sabemos que nossos heróis favoritos não morrerão. Isso para mim foi ótimo, pois torna o que está por vir completamente inesperado. Temos direito até a um grande plot twist que eu mesmo não estava esperando de jeito nenhum. Me pegou de jeito e conseguiu mexer demais comigo.
O clímax desse filme certamente reverberá nos próximos títulos da Marvel. O que acontece vai mexer com os alicerces, não só dos heróis terrenos quanto dos heróis cósmicos. Ele tem um final, mas o gancho para o futuro é feito de 3 formas diferentes. O primeiro, no seu final, e os outros dois são mostrados em suas duas cenas pós-crédito. Na primeira, a apresentação de mais um personagem novo e na segunda, podemos prenunciar o surgimento de mais um herói.
Eu não queria puxar a sardinha para a Chloe Zao, que agora é uma diretora oscarizada, mas tenho que fazê-lo. Ela ganhou um Oscar por fazer um filme completamente intimista e real (Nomadland) e aqui ela brilha demais fazendo algo completamente fictício e cheio de efeitos especiais. Só posso bater palmas. Ela deixa tudo conciso, explicadinho e deixa de uma forma que não pareça chato e arrastado, e olha que estou falando de um filme com a duração de 2h 37 minutos. Para mim passou rápido e ainda queria ver mais coisas. A mescla de passado e presente também foram perfeitas e eu queria ver mais do passado também, principalmente ver os dias de glória dos Eternos.