‘Emma.’ é mais um filme baseado em um livro escrito por Jane Austen, que também foi responsável por obras como ‘Orgulho e Preconceito’ e ‘Razão e Sensibilidade’, apenas para citar alguns. Os dois são grandes sucessos do gênero de comédias-românticas. Com direção de Autumn de Wilde (mais conhecida por curtas metragens) e roteiro de Eleanor Catton (aqui em seu primeiro trabalho) temos um longa que não fica atrás dos citados, mas que demora a mostrar para o que veio.

Sinopse: “Bonita, inteligente e rica, Emma Woodhouse é uma abelha rainha inquieta em sua pequena cidade natal. Em busca de emoções, ela se aventura por decisões equivocadas e erros românticos até encontrar o amor que sempre acreditou estar ausente em sua vida.”

Como eu não conhecia nada sobre a história, fiquei bastante confuso em seu início. Frases rápidas, coisas acontecendo de maneiras malucas, diálogos que me faltava compreensão…. Em muitos momentos tive a percepção de estar vendo um filme do Wes Anderson devido a sua paleta de cores belíssimas com situações beirando o nonsense. Isso se dá por bastante tempo da metragem até que eu mesmo conseguisse captar o tempo dos diálogos e começar a compreender de modo satisfatório tudo o que estava ocorrendo. O fato dos personagens serem tacados ali sem explicação de quem são e o que querem, deixou tudo embaçado.

Ele ganha brilho mesmo quando conseguimos nos acostumar com a narrativa e quando descobrimos que ele nada mais é do que mais um romance bonito de ser ver em tela. A princípio fica difícil nos relacionar com a protagonista, Emma Woodhouse, vivida por Anya Taylor-Joi (A Bruxa). Ela é uma menina rica do interior que tem como passatempo ajudar uma amiga a arrumar o par certo para ela. Entre idas e vindas, erros e acertos, ela vai nos mostrando que é humana e que também está suscetível a se apaixonar por quem menos espera.

Essa virada no roteiro é que deixa a história satisfatória e fofa até certo ponto. Um romance para acalentar o coração dos mais apaixonados. Tudo isso mantendo um certo nível de humor sem se tornar um pastelão. A fotografia, figurino e direção de arte só aumenta mais essa sensação, pois a época em que se passa, dá um ar maior para essas aventuras amorosas. Apesar de eu ter demorado para achar o tom do filme, foi bastante satisfatório acompanhar.

No geral, é um filme divertido, mas que demora a engrenar. O desconhecimento da obra pode ter sido prejudicial no início, mas que tudo se ajeita no seu devido tempo. Se for fã do gênero ou da autora, é mais do que obrigação vê-lo. Se não for do seu feitio ou estilo é melhor passar longe. A melhor forma de vê-lo é de um jeito despretensioso, sem esperar por nada e curtindo o que lhe é dado. Certeza que terminará a projeção com um sorriso no rosto.

Emma se encontra no TelecinePlay.