Dupla Explosiva 2: A Primeira Dama do Crime
O primeiro ‘Dupla Explosiva’ foi lançado em 2017 e pouco se falou dele. Lembro de ter visto no cinema em uma sessão extremamente vazia. Para a minha surpresa, na época, ele acabou sendo uma obra completamente divertida e descompromissada. Não saber nada sobre ele me ajudou a chegar nesse patamar de felicidade inesperada. Dessa vez um mínimo de expectativa foi criada para ‘Dupla Explosiva 2: A Primeira Dama do Crime‘. Dito isso, posso dizer que ele não chega aos pés do primeiro, mas que pode acabar agradando o cinéfilo descompromissado.
Sinopse: “Em Dupla Explosiva 2 – E a Primeira Dama do Crime, Michael Bryce (Ryan Reynolds) se prepara para se aposentar como guarda-costas e tenta limpar sua mente nas férias. Isso até que Sonia Kincaid (Salma Hayek) o localize e peça seus serviços. Agora ele terá que abandonar sua licença sabática para recuperar o marido assassino Darius (Samuel L. Jackson), depois que mafiosos o sequestram.”
https://www.youtube.com/watch?v=8I-7eEIWKEQ
O problema dessa continuação acaba sendo o fato dele querer ser maior que o primeiro. Um erro comum em franquias. Pegue o que deu certo na obra original e multiplique por isso até o limite do orçamento. Algumas vezes isso funciona, outras não. Aqui, essa soma recai no colo da Salma Hayek. A química entre Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson no primeiro era boa demais, inseri-la dentro desse contexto acabaria por ser complicado. De certa forma ela funciona. Sua personagem é bem divertida, mas acaba desfazendo a parceria original que era excelente.
A comédia dele continua afiada. Consegui dar gargalhadas altas em alguns bons momentos. Um tipo de humor ácido e nonsense acaba sendo um dos seus pontos fortes. Ainda temos ótimas cenas de ação dignas do gênero. Temos também espaço para algumas reviravoltas bem loucas e inesperadas. Elas conseguem mover a história para frente e não deixá-la a toa. Como o plot revelado na sinopse é resolvido rapidamente, é preciso de mais história para fechá-lo como um longa-metragem.
No mais, ele é divertido, mas que não consegue chegar no mesmo patamar do primeiro. A diversão está garantida de certo modo e vê-lo como algo descompromissado talvez seja a melhor opção. Os atores nos dão justamente o que é oferecido e nada há de se falar mal deles. São todos competentes e é possível ver todos os trejeitos clássicos de cada um: Ryan Reynolds como o Jim Carrey da nova geração, Samuel L. Jackson como o nosso verdadeiro “motherfucker”, Salma Hayek como uma grande matriarca “fodona”, e até um Antonio Banderas sempre como um gentleman assustador.