Dunkirk
Dois motivos me fizeram querer muito ver este filme: 1 – Amo histórias sobre a Segunda Guerra Mundial, fico realmente muito encantado com elas, não pela violência, mas por suas maravilhosas narrativas de superação; 2 – Amo a direção de Christopher Nolan (Batman: O Cavaleiro das Trevas), sou até suspeito para falar, pois sempre gostei de todos os seus trabalhos. Só isso já bastaria para me agradar e como, às vezes, eu não sou uma pessoa muito difícil de se agradar, nem preciso dizer o quanto eu amei este longa-metragem. Achei tão tenso que, em alguns momentos, tive até dificuldade de respirar.
Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial acontece a Batalha de Dunquerque. É nesta cidade da França que forças britânicas e francesas são encurraladas pelos alemães. Dessa forma, entra em ação a “Operação Dínamo”, que visa evacuar pelo mar mais de 300 mil soldados.
O filme se passa em três núcleos diferentes: O dos soldados tentando deixar a praia, encabeçado por Fionn Whitehead; o do barco civil que vai ao resgate dos soldados, comandados por Mark Rylance (Ponte dos Espiões); e o da força aérea, liderada por Tom Hardy (Mad Max: A Estrada da Fúria). A princípio, os núcleos não se cruzam, mas, aos poucos, a montagem do filme dá o ar da graça, você vai conseguindo encaixar algumas peças, mas percebe que ainda tem outras faltando.
Eu citei, rapidamente, o Mark Rylance aí em cima, mas, agora, preciso dar um destaque especial para ele. A participação dele não é gigantesca e está longe de ser uma atuação excepcional; mas a calma que o ator passa e proporciona, te faz acreditar que tudo vai dar certo, que tudo vai acabar bem. Contrastando completamente com o papel de Cillian Murphy (A Origem), que é justamente do soldado neurótico de guerra, aquele que não quer passar pelos mesmos horrores novamente, o que se torna até compreensível.
Achei, também, a direção do filme impecável. Ao todo, 75% das cenas foram gravadas em IMAX, ou seja, a imersão é impressionante. As tomadas de batalha aérea conseguem te colocar dentro do avião. É como se você estivesse realmente pilotando um. Juntando este detalhe ao fato da trilha sonora se encaixar perfeitamente em situações tensas, temos aí ótimas cenas de ação que deixarão o espectador desconfortável, colado na cadeira do cinema.
Dito todas essas coisas positivas, acredito que não exista nenhum motivo válido para não se ver esta obra de arte no cinema. E, desde já, recomendo assistir em IMAX. Acredito, de verdade, que é onde se terá a maior e melhor experiência.