Crime Sem Saída
“21 Bridges” (título original) é o primeiro filme de Chadwick Boseman como um protagonista nato após seu grande sucesso como Pantera Negra. Até então ele era desconhecido do grande público mesmo que tenha feito filmes como Deuses do Egito (2016) e A Grande Escolha (2014). Devido ao seu sucesso na Marvel parece que as portas se abriram mais. Com direção de Brian Kirk (mais conhecidos por dirigir séries) e a produção dos irmãos Anthony e Joe Russo (diretores de Vingadores: Ultimato) temos um bom filme policial.
Sinopse: “Um detetive da polícia de Nova Iorque recebe um complexo desafio no trabalho: ele precisa achar e prender um assassino de policiais que está à solta na cidade. Realizar a prisão do criminoso implicaria em recuperar a honra que ele perdeu durante algumas tarefas mal-executadas nos últimos anos. No entanto, quanto mais ele avança na investigação mais ele percebe que os assassinatos se tratam de uma conspiração assombrosa entre criminosos e membros de sua própria categoria.”
Estamos diante de um clássico filme policial. Começamos com uma levada e acabamos em outra, mas tudo isso sem parecer impossível ou destoante. Me senti vendo um bom exemplar do Super Cine. Fácil de ser entendido e apreciado, ao acabar conseguimos voltar a nossa programação diária normal sem termos que pensar muito. Competentes cenas de ação ao mesmo tempo que são simples, e estão ali principalmente para levar a história para frente. Algumas situações acontecem sem mais nem menos, me fazendo pensar se cochilei ou se a explicação foi descartada na sala de edição. Isso deixou a investigação um pouco forçada, mas é o que temos para hoje.
Tive a impressão de já ter visto esse filme antes só que com outros atores e há muito tempo. Digo isso, pelo fato de ser uma história batida com um acabamento mais novo. Se for algum remake, estou realmente por fora. No geral, é um bom filme, mas longe de ser incrível. Vale a ida ao cinema se curtir filmes policiais com conspirações entranhadas no falho sistema. Termino essa resenha comentando algo curioso: em 2 momentos no início dele, somos remetidos aos filmes da Marvel. Coincidência ou sou eu que quero ver coisas onde não existem?
Ele possui um tema no final que gostaria de discutir rapidamente. Os vilões de hoje em dia não são mais aqueles banhados na maldade, que querem o fim do mundo pelo simples prazer de ver pessoas sofrerem. Atualmente, todos eles são muito mais humanizados fazendo com que concordemos um pouco com eles mesmo sabendo que é errado pensar assim. Isso me faz sentir culpado, porque acabo tendo empatia por eles e me faz pensar que tipo de pessoa eu sou. Uma ótima discussão para os dias de hoje.