Círculo de Fogo: A Revolta

Há cinco anos atrás no ano de 2013, para ser mais exato, era lançado o primeiro filme do Círculo de Fogo (Pacific Rim no original). Dirigido por Guillermo del Toro (o atual vencedor do Oscar de melhor diretor e melhor filme por A Forma da Água), o filme logo se tornou um dos melhores e mais divertidos daquele ano. Afinal robôs gigantes e monstros igualmente gigantes, juntando com toda a diversão e a excelente direção de Del Toro não têm como dar errado. Esta nova aventura apesar de ter cenas boas de ação, não chega ao pés do original.

Sinopse: “Filho de Stacker Pentecost, responsável pelo comando da rebelião Jaeger, Jake Pendergast era um promissor piloto do programa de defesa, mas abandonou o treinamento e entrou no mundo do crime. Quando uma nova ameaça aparece, Mako Mori assume o lugar que era do pai no comando do grupo Jaeger e precisa reunir uma série de pilotos. Ela procura o irmão Jake e decide lhe oferecer uma segunda chance para ajudar no combate e provar seu valor.”

Este não tem metade do charme que o primeiro. Não consegui ter o mínimo de empatia pelos novos personagens, todos eles novos cadetes e jovens pilotos de jagers. O único que realmente se destaca é John Boyega (da nova trilogia Star Wars) que tem um carisma gigante e que consegue levar o longa mais longe do que deveria (talvez por isso ele seja o protagonista). Infelizmente ele não pode fazer tudo sozinho e em meio a um roteiro bem raso esse se torna um filme quase esquecível ao final da projeção. Ele não é de todo ruim. As cenas de ação ainda são incríveis. Eu diria que esse é o único motivo válido de ver este filme. Ver robôs gigantes lutando contra monstros ainda é uma diversão garantida.

Uma coisa que me irritou bastante foi o total descaso com o personagem de Charlie Hunnam (Rei Arthur: A Lenda da Espada) que foi o protagonista do primeiro longa e aqui ele nem é citado. Ou dormi durante o filme ou realmente não teve nada sobre ele. Poderia só ter dito que ele morreu e pronto. O fato também de os personagens serem rasos e sem importância também me irritou. E o vilão que tenta ser engraçado mas que não conseguiu me fazer rir uma vez sequer. Enfim, até podem ser pequenas coisas, mas que no final acaba afetando a qualidade.

Infelizmente eu não fui ver o filme que gostaria. A expectativa muitas vezes pode ser um monstro como os do filme, e por mais que tente controlar isso, ainda assim acaba me afetando. Claramente haverá continuação. O final deixa isso mais do que claro, mas resta saber se realmente haverá outro. Espero que tenha e que Gillhermo Del Toro volte para o comando do barco, se não for assim, é melhor deixar a franquia quieta.