Cemitério Maldito

Chega aos cinemas esta refilmagem pela visão dos diretores Kevin Kölsch e Dennis Widmyer. Adaptação do livro de Stephen King (IT-A Coisa), este autor de várias histórias de terror coloca em muitas de suas obras elementos em comum, como um medo que vem desde a infância e uma cidade pequena com costumes estranhos.

O longa conta a história de uma família que muda de casa sem saber que nos entornos da propriedade há um cemitério de animais e mais alguns lugares desconhecidos, onde são praticados estranhos rituais pelos moradores locais. Uma coisa é certa, o lugar guarda segredos assustadores.

Com um ritmo lento, a trama demora a conquistar o espectador. Não havia necessidade das 2 horas de duração. A primeira metade do filme tenta nos situar, apresentar o local e os personagens de forma bem arrastada. Só na segunda metade é que temos a ação, e aí sim, depois que engata, nos cativa e se torna bem interessante.

Os diretores não abusaram dos sustos fáceis (jumpscare), porém, em alguns momentos eles estão presentes. Temos cenas bem sangrentas capazes de causar aflição aos mais sensíveis e agradar os fãs do gênero. Um ponto alto é a atuação de Jeté Laurence (a filha mais velha do casal) e o veterano Jason Clarke (A Maldição da Casa Winchester) que passam veracidade.

Fiquei o tempo inteiro lembrando da música dos Ramones, Pet Sematary (nome original do longa) e como uma grata surpresa, ela toca nos créditos ao fim da projeção. Nem todo mundo sabe, mas este grande sucesso da banda foi composto para a primeira versão do filme em 1989 como uma homenagem já que Stephen King é fã de Ramones.