Beleza Oculta
A beleza não se esconde, ela grita aos quatro ventos. Um pensamento depois desse filme: Que vontade de viver!
Não entendi porque esta obra do diretor David Frankel (Marley & Eu) foi tão massacrada pelos críticos estrangeiros, acho que em tempos atuais deve ser fora de moda e deselegante ter sentimentos. Deve ser cult não gostar de nada que te provoque lágrimas. Perdoem então a minha breguice.
Este filme é uma terapia, a verdade é que eu precisava dele, me economizou horas de análise. Sim, ele é um dramalhão sentimental, mas esta era sua ideia, esta era sua proposta que é lindamente cumprida. Não gosta de filmes de drama? Simples, não vá ao cinema ver “Beleza Oculta”.
O enredo é espetacular, nós temos reviravoltas, surpresas, show de atuação de Will Smith e ainda um encontro com o tempo, o amor e a morte (que insiste em querer roubar o lugar dos outros dois).
Alguns podem acusá-lo de ser apelativo, por se tratar da história de um homem à beira do desequilíbrio mental por não conseguir superar o luto, porém, desde o início somos apresentados a um pai que perde sua filhinha para uma doença cruel. O enredo é esse: pai tentando lidar com isso, enquanto seus amigos e colegas de trabalho tentam fazê-lo melhorar e ao mesmo tempo tirar dele o controle de sua empresa, pois temem a falência. “Nada que começa com a morte de uma menina de seis anos pode dar certo”.
Os pontos altos de atuação são Will Smith e Keira Knightley. Pontos fracos? Nossa querida Kate Winslet é totalmente mal aproveitada. Não havia no roteiro uma cena para deixá-la brilhar. Por falar em Will Smith, ele que começou na comédia com a série “Um Maluco no Pedaço”, passou por filmes de ação como “Depois da Terra” e recebeu uma indicação ao Oscar de melhor ator com o drama “À Procura da Felicidade” (2006), está cada dia mais presente em filmes de drama, mostrando que, assim como o vinho, só fica melhor com a idade.
O final, o roteirista e eu, deixamos à sua interpretação. Posso garantir que é impecável.
Por Luciana Costa