Assassinos da Lua das Flores
Baseado no livro jornalístico de David Grann, o mais novo filme de Martin Scorsese, – que além de dirigir, co-assina o roteiro-, é um filme totalmente introspectivo. Seu maior ponto auto é trazer à tona um tema de grande importância, que até mesmo parece absurdo, mas realmente aconteceu, para os holofotes. Muito bem dirigido, excelente montagem, com uma fotografia belíssima e impecável atuação de Lily Gladstone. O longa é forte concorrente à vários prêmios Oscar. Deixa a desejar na falta de ápice e reviravoltas, ficando mais na documentação sem se aprofundar na emoção, o que pode cansar o expectador por sua duração de x minutos.
Na trama, um grupo indígena americano chamado Osage se torna extremamente rico pela descoberta de petróleo, considerados incompetentes pelo governo e impossibilitados de gerir seus próprios negócios, se tornam alvos de homens brancos que querem se casar com eles para colocar as mãos no dinheiro. Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio) é sobrinho do rico, inescrupuloso e falso William Hale (Robert Deniro), o homem de faz de amigo dos indígenas. Ernest se casa com Mollie (Lily Gladstone). Vários indígenas começam a morrer de forma suspeita, mas as autoridades não fazem nada a respeito.
O filme da o tempo todo a ideia dúbia de se havia amor de Ernest por Mollie ou apenas interesse no dinheiro. O desfecho dessa história verídica mostra um pouco a criação do FBI por Edgar Hoover (interpretado por DiCaprio em “J. Edgar” de 2011). A morte em massa do poco Osage foi a primeira investigação conduzida pelo que se tornaria o FBI futuramente.
O elenco conta ainda com a pequena participação de Brendan Fraser, vencedor do Oscar de Melhor Ator no ano passado com “A Baleia”. A forma como é narrado o desfecho da trama é pouco convencional, prometendo agradar alguns e incomodar outros.