Adoráveis Mulheres
Chega ao cinema mais uma versão do grande best-seller escrito por Louisa May Alcott, “Little Women” (no original) publicado originalmente em 1868, é uma história autobiográfica da autora. Várias adaptações no decorrer do último século foram feitas. A mais famosa é a versão para o cinema de 1994 com um elenco de dar inveja a qualquer um, contando com nomes como: Winona Ryder, Kirsten Durnst, Claire Danes, Susan Sarandon, Christian Bale…e por aí vai. Esta nova adaptação não fica para trás e surge com um status alto já ganhando indicações a 2 categorias do Globo de Ouro de 2020, sendo elas: melhor trilha sonora e melhor atriz para Saoirse Ronan.
Sinopse: “As irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Eliza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os Estados Unidos atravessam a Guerra Civil. Com personalidades completamente diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras.”
Me sinto um felizardo por não ter visto nenhuma adaptação e não saber nada sobre a história. Isso me fez embarcar com tudo nessa jornada épica da família March sem precisar fazer comparações. Demorei um pouco para entender que se passava em duas épocas diferentes, e só pude perceber após notar o uso da fotografia de modo diferente. O tom amarelo para o passado e o tom azulado e acinzentado para o presente. Foi um pouco de lerdeza da minha parte, mas um ótimo exemplo de como a cinematografia nos dá um jeito de contar a história.
Já no início fui capturado por uma frase que me fez pensar. Ela nos indaga sobre o porque das histórias serem tristes e do porque elas não podem ser felizes (parafraseei). Com base nessa frase consegui captar a mensagem sublime dessa saga. Nossa vida é sempre cíclica, temos momentos de extrema felicidade e outras de tristeza e o importante é sempre seguir em frente encarando o nosso destino sem medo. Aqui o que mostra é que por mais que tenhamos momentos trágicos ainda assim podemos ser felizes com o que temos.
Boa parte de ter gostado bastante do longa foi o fato de termos um roteiro ágil e atrizes certas para cada papel. Com pouco tempo de duração já estamos amando todas elas sem muito esforço. O fato de todas serem cativantes ajuda demais. Dentre as irmãs, quero destacar principalmente a Florence Pugh (O Passageiro) que faz Amy March. Ela consegue mudar muito o tom de sua personagem nas duas épocas apresentadas de forma bem contundente. Queria comentar também sobre Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome) que faz o Laurie. Ele é um dos meus atores novatos favoritos. Ele sempre está bem em qualquer papel que o coloquem e vejo um futuro brilhante para ele.
Recomendo bastante, principalmente se estiver na mesma condição na qual estive, sem nunca ter visto nada sobre essa história. Se já viu, sabe que é bom e por isso veja de novo. Ao final, o considerei um épico, pois desde o início até o seu fim pudemos ver o quanto todos caminharam para chegar ao seu destino. Toda a jornada de aprendizado passando por muitos erros nos faz pessoas melhores e aqui não é diferente. Notamos a evolução dos personagens e ao seu fim sentimos falta de todo o caminho perseguido até ali. Terminou e saí com um sorriso no rosto, me dando aquela sensação de que algo bom foi visto.