Abigail e a Cidade Proibida
Quem já viu um filme russo de fantasia aí levanta a mão? Secretamente aqui eu levantei por causa de Os Guardiões (filme sobre super-heróis russo lançado em 2017). Não sou um esmero conhecedor desse cinema, mas tenho notado uma crescente desse tipo de gênero vindo do país citado. Uma notada geração de filmes desse tipo estão vendo a luz do dia. Outro que pode ser citado é Guardiões da Noite (filme com bruxas, lobisomens e vampiros lançado em 2016). A notícia ruim é que apesar de serem esteticamente bonitos, são bem fracos narrativamente.
Sinopse: “Uma cidade teve suas fronteiras fechadas após uma epidemia tomar conta de grande parte do local. Lá, vive uma jovem chamada Abigail (Tinatin Dalakishvili), que, ainda criança, teve seu pai levado da cidade onde moravam por ter sido afetado por essa doença misteriosa. Mais velha, Abigail decide quebrar as regras e passar por cima das autoridades da região para ir à procura de seu pai. Nessa jornada, ela descobre que ela e a cidade têm poderes mágicos.”
Adiantando desde já que “Abigail e a Cidade Proibida” é do mesmo nível de Os Guardiões, se já viu, sabe o que esperar, se não viu fica um pouco aí que vou te dar um pouco do que irá encontrar. O visual dele é bem bonito, não negarei. A produção de arte embora as vezes lembre algum filme de ficção científica dos Trapalhões, se mostra bem bonita. Ele me ganhou um pouco por usar uma temática steampunk. Tema que amo e fico fascinado por suas vestimentas e apetrechos tecnológicos muito além do tempo do período passado, embora não seja no nosso mundo conhecido.
Bem, isso é tudo o que posso falar de positivo do longa. É pouco, eu sei, mas é tudo sim. Ele todo parece que foi extraído de algum livro de fantasia bom, mas que não souberam adaptar para a telona. Atuações péssimas, um pouco canastronas, mas o ponto baixo é o roteiro. Quem me conhece sabe que sempre tento extrair o que há de melhor nas obras, mas com esse roteiro fica praticamente impossível. Diálogo óbvios, frases feitas e reviravoltas que não fazem sentido me aborreceram um pouco. Vou dar um exemplo mínimo: Uma personagem trai os mocinhos, aparece no final matando seus velhos companheiros e do nada, eu disse do NADA, ela volta a ser boa. Não se preocupe com spoiler, ninguém se importa tanto assim. E se um personagem chave fosse direto em vez de usar enigmas tava todo mundo salvo há muito tempo.
Respirando um pouco desse pequeno desabafo. Eu não consegui apreciar tal obra, mas poder ser que seu filho, sobrinho, neto consiga. Ainda assim é uma aventura bem inocente que pela simplicidade dela possa ter pessoas que consigam apreciar da forma correta. Ou até mesmo posso ter baixado tanto a bola, que você vá ver e ache-o realmente divertido. Espero que o cinema fantástico russo amadureça um pouco mais e assim pode ser que em breve eles possam nos dar obras realmente boas para serem degustadas.