A Química Que Há Entre Nós
A Química Que Há Entre Nós é mais uma adaptação literária para as telas. O livro foi escrito por Krystal Sutherland e lançado em 2017, tendo sua primeira edição nacional em 2020, mesmo ano em que o filme foi lançado. Ele é uma produção original da Amazon Prime Video e é estrelado por Lili Reinhart, uma das grandes estrelas da série Riverdale. Além de atuar, ela também é produtora executiva da produção. A direção ficou na responsabilidade de Richard Tanne, onde seu único longa antes desse foi ‘Michelle e Obama’.O que temos aqui é um drama adolescente um pouco diferente do usual, mas que acaba no máximo sendo uma obra mediana.
Sinopse: “Chemical Hearts acompanha Henry Page (Austin Abrams), um garoto focado em sua vida escolar e profissional até conhecer Grace Town (Lili Reinhart), a nova aluna que entra para o jornal da escola logo no primeiro dia do ano letivo. Agora, o jovem vive as experiências de seu primeiro amor e sente tudo mudar.”
Esse filme é mais um com foco no público adolescente, mas ele não é como os outros. Tá longe de ser uma comédia e cai demais para o lado do drama. O que pareceu interessante para mim foi o fato dele ser muito pé no chão. Ele não nos dá a chance de sonhar com um final feliz daqueles clássicos. Tudo o que o nosso protagonista passa aqui já deve ter acontecido com bastante gente. Aquela paixão desenfreada que você não sabe de onde veio e nem sabe como parar. Só sabe sentir e ser levado por ela.
O título do filme até nos norteia sobre isso. Em determinado momento a irmã do nosso protagonista nos explica de forma científica como a paixão funciona. Como o nosso cérebro funciona com a criação de substâncias que nos deixam fora da razão. Acredito que todos nós já tenhamos passado por isso e sabemos como é gostosa a sensação e como é horrível também, ainda mais se formos rejeitados. Sabemos também que as emoções durante a adolescência são muito maiores do que realmente são.
Se é ruim para o protagonista imagina para a personagem vivida por Lili Reinhart pelo qual ele se apaixona. Ela vive em um mundo onde a tragédia é um fato marcante em sua vida. Me fez ficar pensando em como alguém consegue se relacionar 100% com outra pessoa tendo um passado recente de culpa, ressentimento e de paixão. É cruel e desejamos que isso não ocorra com ninguém. Essa memória é que deixa tudo um pouco sombrio o transformando num filme bem denso e que chegamos a temer pela vida da personagem em um determinado ponto.
O seu final agridoce é real, cotidiano e até certo momento, bem pra cima. A maioria das pessoas já se apaixonou e sofreu, e mesmo assim descobrimos que nossa vida não acabou. A “química” se desfaz em um determinado momento e notamos que a vida continua bela e linda e com infinidade de coisas para serem descobertas por você. A sua história é boa, mas não achei que a condução dele tenha ajudado. Ao final, acabou me soando bem mediano e me ficou aquele sentimento de que as coisas poderiam ter sido melhores.
A Química Que Há Entre Nós se encontra no catálogo da Prime Video.