A Barraca do Beijo 2
Com o devido sucesso do filme original, era lógico que uma continuação seria produzida logo em seguida. Material de livros também tem, só não saberia dizer se a história honra os livros, pois nunca os li. Dessa vez vemos um roteiro que segue quase a risca o primeiro, mudando um pouco as situações, movendo os personagens para outros lugares e acrescentando apenas um personagem novo para criar uma situação de conflito a mais. O esqueleto do original está todo aqui.
Sinopse: “Em A Barraca do Beijo 2, Elle (Joey King) e Noah (Jacob Elordi) tiveram o verão mais romântico de suas vidas. Entretanto, quando ele segue para Harvard, ela precisará lidar com um relacionamento a distância, a expectativa de entrar na faculdade com seu melhor amigo, Lee (Joel Courtney), e a amizade com o novo colega de classe Marco (Taylor Perez).”
Achei todo o molde dele tão parecido com o filme original que acredito que toda a resenha soará igual. As mesmas qualidades e defeitos estão aqui. Alguns momentos com comédia beirando o pastelão e com dilemas que poderiam ser todos resolvidos na conversa em vez de deixar pra amanhã. Também temos um certo momento em que somos pegos e envolvidos a ponto de nos importarmos com eles. Todo os clichés do gênero se fazem presentes novamente de uma forma que já conseguimos prever o que vai acontecer, o que tira um pouco da surpresa.
Ele não é um longa ruim, e acho que ele fica de igual para igual com o anterior, perde apenas no quesito de originalidade que o primeiro possuía. Até o nome dele acaba sendo obsoleto. “A Barraca do Beijo” no primeiro fazia todo o sentido, pois a trama amorosa de Elle (Joey King) e do Lee (Joel Cortney)começou nessa brincadeira, e aqui não tinha mais esse propósito. Como é o título do filme, uma situação é formada para chegar ali, mas a verdade é que ninguém mais se importa. Relegando esse momento apenas para os personagens de canto que não tem quase nenhuma relevância na trama principal.
Novamente, Elle está em um dilema onde tem que escolher a pessoa que ama ou o seu melhor amigo. Eles ficam baseando toda a sua vida nas regras criadas quando eram crianças e isso torna tudo dramático quando era só falar: “aquela regra é meio ridícula hoje ne, vamos mudar isso?”, mas não. Todo mundo esconde segredo de todo mundo e todo mundo chora sabendo que era só conversar. Sei que também não teria história assim, mas… poderia colocar algum dilema baseado em algo mais sério.
No todo, ele é bem divertido para alguém que não quer pensar na vida e que quer acalentar o seu coração com um romance adolescente que tem lá o seu valor. Como o considero quase no mesmo nível do primeiro, recomendo para quem gostou do original e para quem gosta do gênero. Se não gostou, já sabe que não é para perder o seu tempo. Agora em agosto, o 3º filme será lançado e lá estarei eu para ver qual será o próximo dilema “impossível” que será colocado nas mãos da Elle.
A Barraca do Beijo 2 se encontra na Netflix.