A Babá: Rainha da Morte
A Babá: Rainha da Morte é continuação do filme A Babá de 2017. Vi os dois quase que seguidamente. A resenha do primeiro já está disponível e agora escrevo sobre esse. Todos os atores do anterior estão de volta, assim como o diretor McG. Temos tudo o que o outro tem, mas com muito mais exagero e escatologia. A diversão se mantém para quem gostou do original, mas suas piadas forçadas e suas mortes exageradas ao extremo minam o que poderia ser uma excelente continuação.
Sinopse: “Dois anos após ter derrotado uma seita satânica liderada por sua babá, Cole agora só está preocupado em sobreviver à vida na escola. Mas quando seus velhos inimigos retornam, ele precisa provar novamente que é mais esperto do que as inconvenientes forças do mal.”
Acompanhar o Cole, vivido por Judah Lewis (Crônicas de Natal) novamente fugindo das pessoas que querem o matar é uma diversão garantida. Impressionante o quanto esse menino cresceu nesse intervalo de tempo. Ele continua o mesmo garoto de antes. Sofrendo bullying na escola e tendo praticamente nenhum amigo. A diferença agora é que ele não tem mais a proteção da Bee, sua antiga babá. Quando ele resolve fazer algo para mudar a sua situação, os inimigos do passado voltam e transformam sua vida novamente em um inferno.
Devo dizer que a diversão está lá. Rever esses vilões de volta é muito bom também. Todos eles com suas características e agindo conforme elas nos traz um sentimento de nostalgia e felicidade. Temos alguns vilões novos e surpreendentes a ponto de nos sentirmos traídos, assim como o nosso protagonista. O grande problema é que as partes boas param por aí e só o que tenho para falar daqui em diante são sobre as partes ruins e que me incomodaram um pouco.
Eu sei que não é um filme para ser levado a sério, mas mesmo assim tenho que me ater a esses problemas. A vontade de querer criar mais escatologias chegam a níveis absurdos. Enquanto no primeiro ainda mantinha o mínimo do pé na realidade, esse aqui essa realidade não existe. As mortes são fisicamente absurdas e até o lance satânico vira algo fantasioso demais. O sobrenatural chega sem medo e isso me tirou um pouco do que eu estava vendo. Ver pessoas normais sendo assassinas me soava bem melhor, mesmo quando existia um ar muito grande de ficção.
O roteiro até nos dá uma surpresa e algumas ótimas piadas, mas ele se contradiz demais com o primeiro longa. Nesse aqui parece que a Bee sempre teve um grande plano para cuidar das crianças, mas sabemos que isso é mentira. No original sabemos que apesar do apreço dela pelo Cole, ela queria sim realizar o ritual, não importava o que. Do nada aqui, as coisas não são bem assim e resolvem fazer um final bonitinho onde não havia nenhum resquício disso.
Resumindo, é divertido porém não chega aos pés do seu antecessor. É muito provável que haja mais continuações, pois a última cena nos diz que pode vir mais coisas por aí. Nem precisa ser com os mesmos personagens, pois eles bem ou mal tiveram uma conclusão. Abranger esse mundo pode nos trazer coisas bem divertidas na medida. O humor com terror funciona, só não precisa ser algo extremamente exagerado a ponto de nos tirar da história.
A Babá: Rainha da Morte se encontra no catálogo da Netflix.