Filmes Emocionantes – Favoritos do Autor
Essa coisa de “favorito” é muito pessoal. Alguns elegem seus principais por diretores, atores, enredos ou até mesmo uma emocionante trilha sonora. Mas se gosto não se discute, como podemos nos considerar mais especialistas que outros em assuntos tão subjetivos como melhores filmes, autores, atores ou diretores? E ser cinéfilo é ter visto um milhão de filmes ou possuir um milhão de informações sobre o ramo no seu HD interno do cérebro? Meus Favoritos, favoritos mesmo são todos “clássicos” (não precisamos entrar na definição pessoal de clássicos, não é mesmo?) me refiro aqui a filmes mais antigos que ficaram marcados na história do cinema, por isso, resolvi incluir na lista apenas os filmes que mais me emocionaram da década de 90 para frente.
Com tudo isso sendo dito, acredito que cada um tenha direito a sua lista de favoritos pelos mais variados critérios que quiser escolher. Esta a seguir, é a lista de filmes que mais emocionaram a autora deste site (no atual momento), tendo em vista as palavras do sábio Heráclito, “Nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez o rio já não é o mesmo, nem tão pouco o homem!”. Ou seja, a percepção que temos de uma determinada narrativa, seja ela em forma literária ou retratada no cinema, muda de acordo com nossas vivências pessoais e conhecimento. Assim, no decorrer das nossas vidas, a cada momento, temos um “favorito” de ocasião. E meu caro leitor, não sei se você é de opiniões imutáveis, mas eu “prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Eis aqui a lista totalmente mutável da autora:
1- Memórias de uma Gueixa (2005)
Sinopse: “Chiyo (Suzuka Ohgo) foi vendida a uma casa de gueixas quando ainda era menina, em 1929, onde é maltratada pelos donos e por Hatsumomo (Gong Li), uma gueixa que tem inveja de sua beleza. Acolhida por Mameha (Michelle Yeoh), a principal rival de Hatsumomo, Chiyo ao crescer se torna a gueixa Sayuri (Zhang Ziyi). Reconhecida, ela passa a desfrutar de uma sociedade repleta de riquezas e privilégios até que a 2ª Guerra Mundial modifica radicalmente sua realidade no Japão”
Motivo: Se deixar esculpir a duras penas em nome de um objetivo que se quer alcançar no futuro suportando tudo em prol deste bem maior? Sofrer mutações físicas em busca de uma beleza exterior ditada pela sociedade que nos impõe padrões pré determinados de como demos nos vestir, parecer, comportar e ser? Não há como uma história ser mais tocante e de mais fácil identificação feminina do que essa.
2- Madame Butterfly (1995)
Sinopse: “Rene Gallimard é um diplomada francês a serviço em Pequim. Ao assistir a uma apresentação da ópera “Madame Butterfly” de Puccini ele fica obcecado pela graça e beleza da contara Song Liling. Gallimard passa então a persegui-la por todos os lugares, envolvendo-se cada vez mais com o exótico mundo ca cultura chinesa. Quando finalmente, a força de sua paixão transforma-se em um intenso romance, ele acaba conduzindo a um jogo imprevisível de interesses políticos e revelações que mudarão por completo sua vida.”
Motivo: Só quem já passou por isso vai entender, mas há poucas coisas na vida mais dolorosas do que descobrir que não se conhece a pessoa que se ama. Um filme todo baseado em interpretações, não há resposta certa para o que realmente se passa na trama, a conclusão final fica a critério do espectador. Obviamente há um show de emoção na comovente e tristíssima atuação de Jeremy Irons ( meu ator favorito desde que assisti a este filme), e direção magistral de David Cronenbeg.
3 – Tempos de Paz (2009)
Sinopse: “A história se passa em 1945, quando o ator polonês Clausewitz, fugitivo do regime nazista, viaja ao Brasil buscando uma nova vida longe das lembranças da Segunda Guerra Mundial. Mas no desembarque o homem é barrado por Segismundo, interrogador alfandegário e ex-torturador do Estado Novo, que desconfia que o polonês seja nazista. Assim os dois fazem um trato no qual Clausewitz precisa fazer com que Segismundo chore com suas memórias da guerra ou então terá de deixar o país.”
Motivo: Atuações maravilhosas e jogos de cena entre Dan Stuback e Toni Ramos (que são praticamente as únicas duas pessoas no filme) que muitas vezes, propositalmente, ganha o tom de peça teatral. Há um monologo narrado em uma das cenas que me marcou para a vida toda: “(…) Nasce uma fera com a pele respingada de belas manchas que lembram estrelas. Logo, atrevida e feroz, a necessidade humana lhe ensina a crueldade, monstro de seu labirinto. E eu, tendo mais alma, tenho menos liberdade?(…)”
4 – O Curioso Caso de Benjamin Button (2008)
Sinopse: “Nova Orleans, 1918. Benjamin Button (Brad Pitt) nasceu de forma incomum, com a aparência e doenças de uma pessoa em torno dos oitenta anos, mesmo sendo um bebê. Ao invés de envelhecer com o passar do tempo, Button rejuvenesce. Quando ainda criança ele conhece Daisy (Cate Blanchett), da mesma idade que ele, por quem se apaixona. É preciso esperar que Daisy cresça, tornando-se uma mulher, e que Benjamin rejuvenesça para que, quando tiverem idades parecidas, possam enfim se envolver.”
Motivo: Até a estreia deste filme, eu não sabia que Brad Pitt e Kathe Blachet eram capaz de tanta beleza, sutileza e delicadeza em cena. Se todas as pessoas nos vêem e vêem a vida através dos olhos delas, como explicar a alguém que você se sente jovem ou velho através dos seus olhos, de dentro para fora? Não há como lhe explicar a forma com que este drama me emocionou, é preciso que você o assista com seus olhos e sinta as mais variadas formas de amor.
5 – A Incrível História de Adaline (2015)
Sinopse: “Adaline Bowman (Blake Lively) nasceu na virada do século XX. Ela tinha uma vida normal até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, ela, milagrosamente, não consegue mais envelhecer, se tornando um ser imortal com a aparência de 29 anos. Ela vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém, para não ter seu segredo revelado. Mas ela conhece o jovem filantropo, Ellis Jones (Michiel Huisman), um homem por quem pode valer a pena arriscar sua imortalidade.”
Motivo: Sempre vi muitas semelhanças entre este título e o anterior da lista, mas veja bem, nós todos sonhamos em nos apaixonar e viver uma história de amor verdadeiro pela vida toda, alguns querem ter filhos, outros não, mas é unânime de que iremos deixar este mundo e, se tivermos sorte, podemos envelhecer junto com alguém. Este belíssimo filme mostra com precisão de detalhes e muito sentimento, como seria viver sabendo que não há a menor possibilidade de nada disso acontecer. Além de servir para vermos que Blake Lively é MUITO mais que uma Gossip Girl.
6 – Para Sempre Cinderella (1998)
Sinopse: “A rainha da França solicita a presença dos Irmãos Grimm no palácio e lhes conta que gosta muito da obra deles, mas que ficou espantada em como foi contada a história de Gata Borralheira. Assim, decide lhes narrar o que realmente aconteceu na França do século XVI, quando Danielle de Barbarac (Drew Barrymore), sua tataravó, que ficou feliz aos oito anos quando seu pai (Jeroen Krabbé), um aristocrata viúvo, se casou novamente com uma baronesa (Anjelica Huston), pois assim ela ganhou uma mãe e duas irmãs no mesmo dia. Mas a sonhada felicidade durou muito pouco, pois logo depois seu amado pai morreu subitamente e a madrasta, que ela desejava que fosse a mãe que nunca tivera, passa a tratá-la como uma criada. Uma das filhas da baronesa é bondosa e não concorda com várias atitudes da mãe, mas, por outro lado, a outra filha é bastante egoísta e só pensa em se casar com o príncipe herdeiro (Dougray Scott). Para isto, ela tem total apoio da mãe, que está disposta a conspirar, mentir e fazer o necessário para ver sua filha como a futura rainha. Mas ela precisa agir rápido, pois o príncipe conheceu Danielle e os dois estão apaixonados, com os sonhos de grandeza da baronesa podendo serem frustrados, pois sua enteada e o príncipe estão sendo aconselhados por ninguém menos que Leonardo da Vinci (Patrick Godfrey).”
Motivo: Este filme mostra a história de Cinderela como sendo real, misturando personagens ficcionais com verídicos como o inventor Leonardo Da Vinci. Alias, nesta trama, ele funciona como uma espécie de fada madrinha. Há uma cena que em minha opinião é uma das mais inesquecíveis da história do cinema e se passa entre a personagem Danielle (Cinderela) e Da Vinci.
Danielle: – Um pássaro e um peixe podem se apaixonar. Mas aonde viveriam?
Leonardo: – Vou lhe criar asas.
7 – As Pontes de Madison (1995)
Sinopse: Após a morte de Francesca Johnson (Meryl Streep), uma proprietária rural do interior do Iowa, seus filhos descobrem, através de cartas que a mãe deixou, do forte envolvimento que ela teve com um fotógrafo (Clint Eastwood) da National Geographic, quando a família se ausentou de casa por quatro dias. Estas revelações fazem os filhos questionarem seus próprios casamentos.”
Motivo: Porque “esse tipo de certeza, a gente só tem uma vez na vida.”
8 – A Culpa é das Estrelas (2014)
Sinopse: “Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro.”
Motivo: Eu tenho preconceito com filmes feitos para adolescentes, eu não gosto de histórias trágicas e sensacionalistas, mas eu amei esse filme. Ele é lindíssimo, romântico e triste, sim, mas sem cair no piegas, com ótimas atuações, trilha sonora doce, diálogos leves e marcantes. Não há como não se apaixonar.
9 – Colcha de Retalhos (1995)
Sinopse: “Enquanto elabora sua tese e se prepara para se casar, Finn Dodd (Wynona Ryder), uma jovem mulher, vai morar na casa da sua avó (Ellen Burstyn). Lá estão várias amigas da família, que preparam uma elaborada colcha de retalhos como presente de casamento. Enquanto o trabalho é feito, ela ouve o relato de paixões e envolvimentos, nem sempre moralmente aprováveis, mas repletos de sentimentos, que estas mulheres tiveram. Neste meio tempo ela se sente atraída por um desconhecido, criando dúvidas no seu coração que precisam ser esclarecidas.”
Motivo: Por algum fato que desconheço, esse filme não ficou muito famoso quando, na verdade, ele é a mistura perfeita de vários elementos que compõe um sucesso. Uma jovem confusa sem saber o que fazer da sua vida, várias mulheres que se reúnem em torno de uma colcha de retalhos contando suas mais variadas histórias de vida e com elas vamos descobrindo que existem muitas formas de amor, cada uma é a certa para cada pessoa.
10 – A Garota Dinamarquesa (2015)
Sinopse: “Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco, o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.”
Motivo: Não posso dizer que me identifiquei com este filme, mas é uma história extremamente tocante (que ao que me disseram se afasta bastante da realidade narrada no livro) e vale muito para conhecermos a capacidade de atuação destes dois jovens talentos, Eddie Redmayne e Alicia Vikander.
Por Luciana Costa