Abigail
A inventividade no gênero de terror é um valioso artifício. Apesar dos fãs gostarem de nostalgia, a fonte mais do mesmo da qual bebem a maioria dos cineastas fantásticos cansa o público. “Abigail”, consegue ser um terror inovador com referências à novos clássicos e muitas pinceladas de humor.
Na trama, um grupo de criminosos que não se conhece, com habilidades variadas é contratado para sequestrar uma garotinha de 12 que dança balé, e é filha de um milionário. Quando mortes misteriosas e brutais começam a ocorrer e o grupo fica preso em uma mansão com a garota, são confrontados com a ideia de que Abigail não é humana.
A vilã mirim, Abigail, faz lembrar uma junção da protagonista do americano “A Órfã” (2009) com a do sueco, “Deixa ela entrar” (2009). O grupo heterogêneo de “criminosos” é composto por conhecidos do público. Fazendo referência explicita à “Entrevista com o Vampiro”.
Sem relevar seus nomes reais são apelidados com nomes dos integrantes do antigo grupo musical liderado por Frank Sinatra, The Rat Pack. Joey, interpretada por Melissa Barrera (Pânico VI), com todos os atributos de uma final girl; Frank, interpretado por Dan Stevens (A Bela e a Fera), um ex-policial, Sammy, interpretada por Kathryn Newton (Friday), um prodígio da tecnologia; Peter, o brutamonte caricato interpretado por Kevin Durand (The Strain), Dean (Angus Cloud), e Rickles (William Catlett), que serviu no exército.
Várias reviravoltas vão ocorrendo ao longo da trama, cheias de explicações extremamente fantasiosas e engraçadas de forma proposital neste criativo quase terrir. Com direção de Matt Bettinelli-Olpin (Pânico IV, Casamento Sangrento) e Tyler Gillett (Casamento Sangrento, As Crônicas do Medo), “Abigal” é extremamente sangrento e diverte bastante sem fazer pensar.