O Mal Que Nos habita
As produtoras, Shudder e Blumhouse, quando aparecem no inicio de um filme, são consideradas praticamente, selos de qualidade em um filme de terror. Independente de gosto, que é algo completamente relativo, não entregam bombas ou fracassos completos. O mesmo acontece em “Cuando acecha la maldad”, no original, um produto 100% Argentino produzido pela americana Shudder, ele arrecadou prêmios por onde passou. Um terror excelente que com certeza só deve ser visto por quem tem estomago e coração, fortes.
A trama se passa nos dias de hoje em um povoado abandoado por Deus e pela sociedade, daqueles lugares ermos onde mal existe medicina, intervenção do governo e lei. Quando um homem sofre de uma doença terrível e inexplicável que o torna grotesco e asqueroso, o veredicto local é que ele está possuído. Todos na cidade parecem conhecer este tipo de fenômeno, que conta com regras até sobre como lidar com ele, sendo a principal, jamais matar o possuído com arma de fogo ou o mal será liberado e pulará de corpo em corpo.
Os protagonistas do longa são os irmãos Jimi (Demián Salomón), e principalmente, Pedro (Ezequiel Rodríguez). Em vários momentos a história pode parecer confusa, mas logo vai se explicando. Com tomadas impecáveis, enredo intrigante, mistério envolvente, e cenas de chocar até mesmo os mais acostumados, este trabalho do diretor e roteirista argentino Demián Rugna é obrigatório para os fãs do gênero. Um refresco para o mais do mesmo nesse roteiro super inteligente, criativo e inspirado.