A Maldição do Queen Mary

Quando se ouve falar num filme de terror a bordo de um navio, o conhecedor do gênero logo pensa em “Navio Fantasma” (2002). Ao invés disso, em “A Maldição do Queen Mary” de Gary Shore (Drácula: A História Nunca Contada), encontra-se muito mais, algo semelhante a “O Iluminado” (1980), de Stanley Kubrick a bordo de uma embarcação.

Na trama, Anne (Alice Eve) e seu namorado Patrick (Joel Fry) estão pleiteando um trabalho a bordo do navio Queen Mary, famoso por seus fantasmas. O filho deles, Lukas (Lenny Rushl) é obcecado com histórias de assombrações, ao fazer um tour sozinho no navio, a família irá mudar para sempre. Ao retornarem ao navio à convite do misterioso capitão, o casal irá lidar com uma terrível realidade e espíritos atormentados.

 

A narrativa se dá em dois momentos, uma em dias atuais e outra em 1938, até mesmo com a participação de Fred Astaire. Muita carnificina e mise-en-scène impecável permeiam o longa. Uma escolha interessante do diretor, foi colocar Lukas zanzando sozinho pelos cantos obscuros do navio. Um clima de tensão e mistério toma conta de tudo nos fazendo sentir que algo terrível irá acontecer a qualquer momento.

O filme falha um pouco ao não dar explicações minuciosas e convincentes ao espectador. Ainda assim, acerta nas reviravoltas e ao escolher um navio real como cenário. O Queen Mary existe até hoje, assim como no longa. Um antigo navio que hoje fica atracado em Los Angeles e funciona como museu, seja como hotel ou como tour fantasmagórico. Sem sombra de dúvida, o filme irá aumentar o numero de turistas na antiga embarcação.