O exorcista do Papa
Em 1974, William Friedkin, grande nome da Nova Hollywood, lançou o terror, “O Exorcista”, considerado por muitos como o melhor filme do gênero de todos os tempos. Desde então, além das continuações, vem sendo feitos diversos longas inspirados no feito de Friedkin. Sem nunca se equiparar, alguns muito bons, como “O Exorcismo de Emily Rose”, outros nem tanto. De uns anos para cá, eles estão sendo lançados massivamente, a um ponto já cansativo. Felizmente, “O Exorcista do Papa” se destaca.
Estrelado por Russell Crowe (Gladiador), narra as desventuras de um padre da vida real, Gabriele Amorth. Exorcista do vaticano que desvenda mistérios e pratica exorcismos a mando do próprio Papa. Quando uma família americana composta por uma mulher e seus dois filhos de muda para uma abadia abandonada na Espanha que herdou do marido, o menino começa a apresentar estranhos sintomas indicando que pode estar possuído. Amorth é enviado para ajudar, juntamente com o padre Esquibel (Daniel Zovatto, conhecido por Penny Dreadful: Cidade dos Anjos).
Como na maioria das produções deste gênero, os padres têm seus próprios demônios internos, levantando questões mais profundas do que o puro divertimento do terror. “O exorcista do papa”, ganha toda uma bossa ao se passar em três idiomas, inglês, espanhol e principalmente, italiano. O diretor Julius Avery foi ousado ao escalar Crowe no lugar de um ator italiano. Apesar disso, o ator neozelandês, como sempre, da conta do recado.
Um filme denso, que entretém, cheio de mistérios, reviravoltas, redondinho e sem barriga. O final deixa pé para a criação de uma franquia, a qual não se sabe se poderemos esperar.