Os filmes de exorcismo são um subgênero dentro do terror. Sem dúvidasn esse é um dos que tenho mais medo e já me deixou muitas vezes sem dormir direito. Os melhores exemplos do estilo que considero obras de arte são: ‘O Exorcista’ de 1973 e ‘O Exorcsimo de Emily Rose’ de 2005. O primeiro me causa desconforto até hoje, e o segundo ficou marcado em minha memória. ‘A Luz do Demônio’ chega com a responsabilidade de carregar a chama do estilo, mas a verdade é que ele não passa de uma obra genérica sem o mínimo de glamour possível.

Sinopse: “Lançada na linha de frente espiritual, uma jovem freira se encontra em uma batalha pela alma de uma garota que está possuída pelo mesmo demônio que atormentou sua própria mãe anos antes.”

Um dos grandes diferenciais dele é que nosso protagonista é uma mulher. Até então sempre temos um padre exorcista, aqui temos uma freira. Não só isso, a ideia de existir uma escola que ensina exorcismo também acaba sendo um fator interessante. Pela história, uma mulher não pode ser ensinada a essa arte, mas nossa heroína tem algo a mais que a maioria não tem. Esse é um dos problemas dele, não explica o porque ela é realmente especial.

Além disso, não se explica direito o porque do demônio querer nossa protagonista desde criança. Algo é falado sobre ele ir atrás de quem tem culpa e possuir a pessoa por causa disso, mas não faz sentido quando ela era criança e não faz sentido o demônio vir em cima de uma criança completamente inocente nos dias atuais. Essa falta de explicação é permeada por um plot twist que acabamos vendo mais na frente, mas que já é cantado quando sabemos um pouco da história da nossa protagonista freira.

Ele peca demais por não ter suspense e por não conseguir nos deixar com medo em quase nenhum momento. Clichés do gênero são tacados de lado a lado e nem o clássico jumpscare é capaz de nos fazer dar um pulo da cadeira. Para ser justo, apenas um momento me deu uma certa apreensão, mas era um sonho. Eu diria que todo um potencial nele foi desperdiçado em um filme completamente genérico e onde tinha ideias boas para serem contadas. Afinal, estamos falando de um filme de exorcismo.

Sei que falei mal dele em todos os parágrafos dessa resenha, mas gostaria de dizer que ele ainda pode ser divertido para os fãs do gênero. Alguns ineditismo são vistos e podem dar um mínimo de frescor. O roteiro realmente deixa a desejar, não só pelo o que falei como algumas linhas de textos que são completamente expositivas e desnecessárias. Eles explicam algo imediatamente antes desse algo acontecer. No mais é isso, um terror genérico que pode vir a divertir.