A Barraca do Beijo 3
‘A Barraca do Beijo 3’ é o filme que marca o fim dessa trilogia que fez um grande sucesso na Netflix. Ela foi uma das precursoras do gênero romance adolescente feito pela locadora vermelha. Falo em questão de franquia, pois esse tipo de comédia eles já fazem há muito tempo. Não chego a ser um grande fã, mas é algo que me agrada com bastante parcimônia. Esse desfecho fica muito abaixo dos dois anteriores, mas posso dizer que seu final faz sentido com tudo o que vimos anteriormente.
Sinopse: “A Barraca do Beijo 3 é a sequência do romance da Netflix, trazendo de volta Elle (Joey King), Lee (Joel Courtney) e Noah (Jacob Elordi). No filme, Elle precisa decidir onde irá ingressar na faculdade e sua decisão afetará diretamente sua relação com Lee e Noah. Mas enquanto sofre com essa escolha difícil, ela encontra a antiga lista de atividades para fazer antes da faculdade e decide por em prática tudo da lista antes que o verão acabe.”
Essa terceira parte não apresenta absolutamente nada de novo. Ele acaba reciclando tramas dos longas anteriores. A Elle sempre é colocada em uma situação de escolha entre o melhor amigo e o namorado. Sempre aquele lance de que alguém vai ficar magoado com ela. De novo esse problema. Seria muito melhor todo mundo sentar e conversar. Estamos falando do futuro da nossa protagonista, independente do que a história quer passar.
Em relação a isso, devo dizer que fizeram o certo com a personagem. Demorou três filmes para notarem que ela precisa fazer o melhor para ela e que se dane quem não gostar. Esse final dá uma sensação de uma escolha madura e muito real. O conto de fadas não chega até aqui e a realidade da vida chega com o pé na porta. Certamente ele se torna muito agridoce para os fãs ferrenhos, mas ainda dá aquele respiro nos seus momentos finais de que o que tiver que ser, será.
Dos três longas esse aqui acaba sendo o mais bobinho. Eles acham mais uma lista que precisam colocar em prática antes que o verão acabe e que seus destinos sejam traçados para sempre. Essa parte acaba sendo muito boba e forçada. Sei que o tempo de projeção tem que ser preenchido, mas não me agradou.
Um detalhe que me incomoda demais é ver o ator Jacob Elordi em cena. Eu detesto tanto ele na série Euphoria que se torna quase impossível olhar para ele aqui e aceitar que ele é um cara legal. Não consigo e não me desce. Quando ele está chateado com a Elle, fico imaginando que maldade ele vai fazer com ela e já me deixava enervado. Sinal de que ele faz bem seu papel em Euphoria.
E a barraca do beijo em si??? Deixa pra lá, ninguém mais lembra disso. Esse detalhe só é citado no finalzinho e tá bom. Toda a mística criada pelo primeiro filme chega desgastada até aqui. A premissa original da franquia é totalmente esquecida e o foco acaba sendo nas escolhas adultas de cada personagem.