X – A Marca da Morte

Os anos 70/80 foram marcados por uma revolução sexual que acabou influenciando tanto o comportamento social quanto o cinema. Nesta mesma época houve, um boom do cinema pornô em VHS. Dentre vários cineastas desse seguimento, se destacam o casal Findley, e até mesmo nomes que seriam conhecidos  no gênero terror como Wes Craven (A Hora do Pesadelo) e  Sean S. Cunningham (Sexta-Feira 13) . Nesta mesma época, foram lançados slashers de baixo orçamento como “ O Massacre da Serra Elética” (1974) e os chamados snuff (filmes que supostamente eram registros de massacres reais). “X” se passa em 1979, aborda liberdade sexual e a feitura de filmes pornô em moldes de slasher e snuff feitos naquela época. Dirigido e roteirizado por Ti West (A Casa do Diabo), o longa é inteligente, entretêm, levante questões polêmicas e promete agradar os saudosos fãs de slasher.

Sinopse: No final dos anos 70, um grupo de pessoas parte para região erma do Texas ao alugar uma cabana para fazer um filme erótico. Os donos do local são um casal de idosos aparentemente conservadores. Em meio as filmagens, pessoas começam a desaparecer.

 

O filme é um daqueles que conta muito com elenco afiado e protagonistas cativantes já que é todo feito em um mesmo cenário. Temos Maxine, a protagonista interpretada por Mia Goth, uma dançarina erótica que sonha em ser famosa atriz de Hollywood e  é convencida por seu namorado a atuar em um filme pornô. O namorado da moça é Wayne, interpretado por Martin Henderson (Virgin River), ele escolhe a casa em que o filme será rodado, mais velho que o resto do elenco, é ele quem dá as cartas. O ator principal do pornô que será feito é Jackson (Kid Cudi) ex-veterano de guerra que tem um relacionamento aberto com Bobby-Lynne (Brittany Snow), outra dançarina erótica, que será estrela do pornô e tem um estilo Marilyn Monroe só que caricata e sulista. Não acabando por aí, contamos ainda com um único casal monogâmico formado por RJ (Owen Campbell), que será o cineasta do pornô, e a jovem Lorrane, interpretada por Jenna Ortega (Pânico).

O casal RJ e Lorrane protagonizará a cena mais controversa do longa, ao contestar os valores comportamentais cristãos em prol da liberalidade.  O filme é uma ode ao estilo de vida amor livre, sexo, drogas e rocks and roll, porém fica o comentário de que juventude e beleza são perenes, é preciso saber envelhecer. Além do vilão inesperado, temos ainda interessante reviravolta envolvendo a protagonista.