Cavaleiro da Lua – 1ª Temporada. SPOILER ALERT!

Desde criança eu sou um grande fã dos heróis da Marvel Comics, mas devo confessar que nunca li nenhuma história do Cavaleiro da Lua. Não só isso, eu também não sabia praticamente nada sobre ele. A única coisa que eu sabia é que era difícil discernir se o personagem era são ou maluco. A dúvida sempre pairava sobre isso e que as suas histórias se desenrolavam desse pequeno plot. Sabendo apenas disso, comecei a ver a série e entendi o que esse detalhe queria dizer.

O episódio piloto da série é excelente. Poderia até mesmo dizer que é perfeito, mas provavelmente seria apenas o meu eu emocionado falando. Só vemos o herói Cavaleiro da Lua no seu final, mas no decorrer entendemos completamente o fato de termos dúvidas dele ser maluco ou não. Acompanhar primeiramente o Steven, um personagem que não sabe o que está acontecendo, foi simplesmente genial. Os blackouts que o deixavam em uma situação pior que antes beiram o brilhantismo de uma boa cena de ação.

 

No decorrer da série as coisas vão começando a fazer mais sentido e logo já estamos confortável com o que está acontecendo. Preciso comentar o fato de que a série teve ótimos nomes na direção dos episódios. Um detalhe que já a elevou como uma das melhores da Marvel Studios. Todas as cenas de ação são boas e todo o jogo de câmera usado para mostrar as personalidades também causam um bom impacto ao ponto de não soar confuso.

Por falar sobre as personalidades, devo comentar um pouco mais sobre elas. Engraçado como eu comecei detestando o Steven e como no final eu já achava ele o meu preferido. Com o Marc foi ao contrário. Queria vê-lo mais em ação no início e mais para o final eu só me importava mais com o Steven. Por falar nele, o episódio (quinto) que conta sua origem é excepcional. Muitos por aí devem achá-lo um pouco parado, mas eu gostei demais e me pareceu que tudo fez sentido de um jeito bom. E a terceira personalidade?

Gostei também de toda mística do personagem. Sua origem vir dos deuses egípcios é diferente do que já vimos na Marvel e explora um lado que não tínhamos ido ainda. Conseguiram até colocar Alexandre O Grande na história. O lance de que cada deus tem um avatar terreno também é bem interessante e muito mais coisas podem ser tiradas disso no futuro. Konshu, que dá poder ao nosso herói, é dúbio por muitas vezes e nunca saber se ele quer praticar uma boa ação ou não o deixa como um ótimo personagem também. Ela tem até um pouco de espaço para o terror em alguns momentos. Não me deixaram com medo, mas me deixou apreensivo com que tipo de seres seriam aqueles.

Até agora uma 2ª temporada não foi anunciada. A princípio, ela foi lançada com o status de minissérie sem intenção de ter uma continuidade, mas cabe muito uma sequência. O mundo criado ali é bem vasto e queremos ver para ontem os desdobramentos da cena pós crédito. Ainda tem muito pano pra manga e parar por aqui, a meu ver, seria um erro.