A Múmia (1932)
Protagonizado por um dos maiores nomes do terror de todos os tempos, Boris Karloff, “A Múmia” com certeza é um clássico obrigatório para os amantes do gênero. Feito nos anos 30 contando com muito mais recursos que o alemão “Nosferatu, o Vampiro” (1922), temos uma trama bem amarrada, cheia de reviravoltas, efeitos especiais extremamente convincentes para a época e serve também para ilustrar o cinema da década de 30. Naquele tempo a tela pertencia as atrizes de rostos redondos, bem magras, cabelos curtos e sobrancelhas ultrafinas que desmaiavam por qualquer motivo.
Sinopse: “A múmia de Imhotep que está se regenerando, vaga pelo Cairo em busca de sua amada. Utilizando magia e matando todos que se colocam em seu caminho.”
Nos mesmos moldes que seu antecessor, “Drácula” (1931) protagonizado por Bela Lugosi, “A Múmia” tem uma história e estilo narrativo parecidos. Por ter vindo um ano depois, podemos ver claramente que usou como referência o filme de Lugosi. “A Múmia” foi dirigido por Karl Freund, diretor de fotografia de “Drácula”.
Os filmes “A Múmia” (1999) e “O Retorno da Múmia” (2001), sem sombra de dúvida foram bem inspirados em seu homônimo dos anos 30. Porém, o original tem mais cara de terror, enquanto o mais moderno segue um modelo de aventura.
As grandes reviravoltas da trama serão facilmente antecipadas nos dias de hoje, já que vimos aquilo milhões de vezes no cinema. Por isso, é preciso ter em mente que “A Múmia” (1932) foi pioneiro em suas revelações e reencarnação. Com certeza o espectador da época ficou chocado ao ter suas reviravoltas descobertas na tela do cinema.
Apesar de ser um filme falado, ele conta ainda com alguns maneirismos do cinema mudo, como a expressividade bem acentuada nos gestos e olhares, e em algumas narrações por escrito entre cenas. Uma obra genial para ser revisitada de tempos em tempos.