A maioria de nós não sabe quase nada sobre a Cabala, além de que é a crença da cantora Madonna.  Este longa israelense se passa no século XVII em uma comunidade judaica, onde o casal Hanna e Benjamin há quatro anos tenta se recuperar da perda de um filho. Eis que uma terrível epidemia assola a região e moradores de um vilarejo vizinho colocam a culpa neles e seu povo, acusando-os de bruxaria. Assustada, Hanna decide criar um Golem com os ensinamentos da Cabala para proteger os moradores locais, porém a criatura é muito poderosa e sai de controle.

O Golem é uma criatura feita de lama que ganha vida. Aqui, ele vem na forma de um menino da mesma idade que tinha o filho do casal quando morreu. Nossa protagonista tem pavor de ter outro filho e ele morrer, por isso se afeiçoa rapidamente ao Golem já que este é praticamente imortal.

Para quem não conhece nada ou quase nada sobre Golem e Cabala, o filme é extremamente interessante, é um assunto que causa curiosidade e o longa nos prende por bastante tempo em uma atmosfera fria, semelhante à de “A Bruxa” (2016). Já para quem é conhecedor do assunto ou já viu filmes com a temática parecida este não irá agradar parecendo mais do mesmo.

O final é levemente decepcionante e pouco crível, porém, contamos com cenas belíssimas do meio para o fim envolvendo instrumentos musicais. Não é uma grande produção, mas  cumpre seu propósito. Pena que como a maioria dos filmes de terror no Brasil este não deve ficar em cartaz muito tempo.