Com diálogos cativantes e atores com química, esta adaptação do livro homônimo de Nicola Yoon (Tudo e Todas as Coisas) funciona ao tentar ser um filme de romance jovem e despretensioso. Depois de termos sido bombardeados com dramas adolescentes que apelam para morte como forma de derrubar lagrimas, este longa vem de forma mais leve, porém, ainda abordando um tema atual e importante, o governo Trump e a deportação dos imigrantes que já formaram vida nos Estados Unidos.

A trama gira em torno dos jovens imigrantes Natasha (Yara Shah) e Daniel (Charles Melton), ambos prestes a entrar na faculdade. Os dois não se conheciam até que um momento do destino vem para juntas os dois. Ou seria isso apenas a imaginação do nosso romântico protagonista? Ele decide que nada é por acaso e vai atrás da menina bonita que viu na estação de metro. O grande problema aqui, é que Natasha e sua família serão deportados em 24h e ela não acredita em amor, apenas ciência. O jovem coreano decide então que é hora de provar para ela que o amor existe e que foram feitos para ficar juntos, ele só precisa de um dia para fazer com que ela se apaixone por ele e um dia é literalmente tudo que ela tem em Nova York.

O filme falha um pouco ao apelar para clichês românticos que não são lá muito convincentes. Sai do cinema pesando que um dia era muito pouco para aprender a amar alguém. Por isso, para apreciar a beleza do longa, é preciso voltar aos tempos de escola, do primeiro amor, aquela sensação de que tudo é para sempre. Acredito que os adolescentes vão gostar e se identificar, já para os adultos mais céticos, pode ficar um pouco difícil se apaixonar pelo casal. Aqui há um convite para que façamos uma viagem ao nosso próprio passado romântico.

Muitas das cenas passam em icônicos pontos famosos da cidade de Nova York, o que da uma graça a mais a história. Vamos ver se depois deste filmes conseguimos ser um pouquinho menos adultos sínicos e quem sabe, até mesmo começar tudo de novo com alguém que nos faça sentir adolescentes outra vez.