A Maldição da Chorona
O filme abusa do uso de sustos fáceis (jump scare), o que pode causar desconforto nos fãs dos gênero que preferem um terror mais psicológico com um roteiro bem amarrado. Já para o público com gosto mais popular, que vai ao cinema para tomar sustos sem se preocupar muito com a narrativa, a diversão está mais do que garantida.
Sinopse: “Na Los Angeles da década de 1970, uma assistente social criando seus dois filhos sozinha depois de ser deixada viúva começa a ver semelhanças entre um caso que está investigando e a entidade sobrenatural La Llorona. A lenda conta que, em vida, La Llorona afogou seus filhos e depois se jogou no rio, se debulhando em lágrimas. Agora ela chora eternamente, capturando outras crianças “
A historia da Chorona (La Llorona) é um folclore mexicano muito conhecido pelo mundo. Várias releituras já foram feitas de formas diferentes. O que atrai aqui é que é a primeira vez que ela é contada em um filme americano para o cinema. O jeito que a trama se desenrola me lembrou muito de “O Chamado” e um pouco de “Invocação do Mal”. Alias, nossa boneca favorita, Annabelle, faz uma charmosa e pequena aparição.
Existem alguns furos e erros de continuidade, com um final bem clichê e não muito crível, mas ainda assim o longa é divertidíssimo. Os mais impressionáveis vão se assustar várias vezes. As aparições fantasmagóricas são muito bem feitas, e existem vários momentos cômicos intencionais.
A protagonista é Linda Cardellini que depois de ter feito pontas em séries (ex: New Girl), se consagrou como atriz coadjuvante no filme vencedor do Oscar 2019 “Green Book: O Guia”. A atuação é boa, porém, não há muito espaço para destaque já que não temos tempo para nos apegar aos personagens. Temos outros rostos conhecidos por aqui como Patricia Velasquez (A Múmia) e Tony Amendola (Annabelle). Produção de James Wan (Invocação do Mal), Gary Dauberman (It – A Coisa) e Emile Gladstone, com direção de Michael Chaves, que faz sua estréia.