Sobrenatural – A Última Chave
Eu sempre considerei os filmes “Sobrenatural” (2011) e “Invocação do Mal” (2013) extremamente parecidos, não só por conterem a mesma premissa, como muitos outros contém – família atormentada por demônio ou espírito do mal procura médium para ajudar -. Enquanto o primeiro foi dirigido por James Wan e escrito por Leigh Whannell, “Invocação do Mal’ foi roteirizado por Chad Hayes, Carey W. Hayes e James Wan, que também o dirigiu. Acho que aí encontramos a grande semelhança entre os dois, a mesma direção.
Enquanto “Invocação do Mal” conta algumas das aventuras macabras do casal Warren, que existiu na vida real, Sobrenatural não se baseia em nenhum fato supostamente verídico. Logo, há nele maior liberdade de criação e eu sei que serei linchada por ousar dizer isso, mas tenho uma predileção especial por ele.
Sobrenatural – A Última Chave é o quarto filme da franquia. Enquanto o primeiro filme nos apresenta a médium Elise Ranier (Lil Shayne) e foca nas desventuras da família Lambert, o que também ocorre na parte dois, o terceiro filme “Sobrenatural – A Origem” se passa antes dos dois primeiros e mostra o drama de uma adolescente e seu pai que chamam Elise para ajudar.
Já este novo longa é dirigido por Adam Robitel, com produção de James Wan, Jason Blum e Oren Peli. Não é necessário que você tenha visto os filmes anteriores para entender esse, uma vez que ele não foca na continuação da história das famílias dos outros filmes e, sim, na infância terrível da médium Elise Rainer. Ela é chamada para desvendar eventos sobrenaturais que ocorrem exatamente na casa onde morou na sua infância.
Por falar em Lil Shayne, para mim, ela é a verdadeira musa do terror, tirando um filme ou outro de comédia, a atriz fez vários filmes do gênero e de suspense. Volta e meia, eu dou de cara com esta expressiva senhora. Ela já fez parte do elenco de mais de 20 filmes de terror, às vezes em papeis grandes, outras em pequenos, como “A Hora do Pesadelo” (1984) e “Ouija: A Origem do Mal (2016)”.
Este terror é espetacular, repleto de sustos, uma história que prende, referências e até mesmo momentos bem humorados, porém, a dica aqui para aproveitá-lo ao máximo é que nas cenas finais você esqueça alguns furos. Para quem viu os filmes anteriores, eles são gritantes.