Não sei o ao certo o motivo pelo qual gosto de filmes terror, eu fico nervoso, tenso, sem ar e mesmo assim me divirto bastante quando vou ver um. Algumas pessoas gostam só para levar sustos e tá bom, vida que segue, eu já prefiro um que me prenda e que no mínimo faça com que me importe com os personagens. Após o primeiro filme de Annabelle, que eu não gostei, achei que esse seria no mesmo nível do anterior, mas como é bom estar enganado de vez em quando. E é com enorme satisfação que digo que amei esse longa, assim como seu derivado original (Invocação do Mal), ele consegue te prender na cadeira e deixar suando até o fim. Afinal não é disso que nós gostamos?

Sinopse: “Vários anos após a trágica morte de sua filha, um fabricante de bonecas e sua esposa abrigam em sua casa uma freira e várias meninas de um orfanato que foi fechado. Eles logo se tornam alvos da possuída criação do fabricante de bonecas, Annabelle.”

Essa película não tem lá uma grande novidade no gênero, muito pelo contrário, ela tem muitos clichês que já vimos em diversos filmes por aí, mas como já falei em críticas anteriores “não me importo de ser clichê contanto que seja bem feito”. E um dos responsáveis pelo uso bem sucedido dele é o diretor David F. Sandberg (Quando as Luzes se Apagam), que sabe explorar bem todos os cômodos da casa, usando portas e mais portas para te deixar em um ambiente fechado. A câmera sempre muito bem localizada pronta para te dar o maior susto possível ou ao menos te deixar tenso até a alma.

Achei as crianças do filme ótimas também, sabem gritar como ninguém e sempre fico pensando que se fosse comigo eu teria ido embora da casa correndo como se não houvesse amanhã (percebemos um certo medo na pessoa que vos escreve). Só achei um desperdício usarem pouco a Miranda Otto (da franquia Senhor dos Anéis), ela sendo uma ótima atriz, poderiam ter dado um destaque um pouco maior pra ela.

Sou o tipo de pessoa que adora maximizar a experiência de um filme no cinema. Tive a sorte de ver esse longa na sala 4DX, onde certamente a emoção só aumentou. A cadeira balança conforme o movimento da câmera, balança quando alguém bate em algo, a luz dentro do cinema pisca com falta de luz dentro do filme, sentimos um jato de ar sair no seu pescoço (momento que confesso ter soltado um palavrão alto), e até mesmo sentimos alguém chutar sua cadeira em momentos de susto, só para exemplificar alguns momentos. Essa sala é perfeita para filmes desse gênero, se puder ir tenho certeza que não irá se arrepender.

Eu não sei direito como se chama esse universo dos filmes da franquia Invocação do Mal, então chamarei aqui de “JamesWanVerse”. Quando sair do cinema espere que terá 2 cenas pós-crédito, uma no início e outra realmente só quando acabam os créditos. A última cena me deixou bem feliz por saber que a ainda virão mais filmes desse estilo por aí.