Uma rua chamada pecado
É um filme do ano de 1951 em preto e branco que se passa na cidade de Nova Orleans, estrelando os atores Marlon Brando (O Poderoso Chefão) e Vivien Leigh (E o Vento Levou). Entre em um bonde chamado desejo, saia em uma rua chamada pecado.
Vamos explicar a confusão. O filme originalmente em inglês era “A Streetcar named desire.”, que em português quer dizer “Um bonde chamado desejo”. Porém, na época de seu lançamento, aqui no Brasil passou a ficar conhecido como “Uma rua chamada pecado”. Por esse motivo (do filme praticamente ter dois nomes), muita gente se confunde em relação à qual seria o nome certo.
O título original americano é explicado pela cena inicial desta produção, na qual a personagem Blanche (Vivien Leight), deve pegar um bonde com nome “desejo” para desembarcar em uma rua homônima.
Blache é uma professora de inglês que vai visitar/morar com a irmã após perder para dívidas Belle Reeve, a propriedade da família. Esta é uma personagem fútil, geniosa e cheia de melindres. Notam alguma semelhança?
Marlon Brando está muito charmoso em um dos papeis mais importantes de sua carreira que lhe rendeu Oscar de Melhor Ator. Já seu personagem Stanley, é um homem bruto, grosseiro e agressivo.
A pobre Stella, interpretada pela atriz Kim Hunter (Planeta dos Macacos), é uma irmã mais nova, grávida, apaixonada pelo marido Stanley, a ponto de aceitar dele os mais variados tipos de abuso e maus tratos. Eles vivem uma relação extremamente doentia.
O filme foca muito em Blanche que parece uma mulher muito amargurada pela gradativa perda da beleza que aparentemente acontece com a idade, aliás, é muito estranho como Leight parece envelhecida nesse filme sendo que na época era jovem, tinha apenas 38 anos. Ela vê em Mitch (Karl Malden) uma chance de sair da solidão e miséria em que se encontra. Mas Stanley faz de tudo para desmascarar o passado da cunhada causando a ruína desta relação.
Desde o início, para mim ficou claro o desejo entre Stanley e Stella, e também por mais estranho que possa parecer, entre Blanche e Stanley. Relações doentias, traumas e a loucura degenerativa do ser humano são os focos desta dramática história.
Por Luciana Costa