Troco em Dobro
Com a chegada de vários streamings no mercado, a Netflix teve que se agilizar e fazer muitas séries e muitos filmes para ter um bom catálogo sem depender de outras empresas. Esse investimento nos transborda semanalmente com novidades que nos torna incapazes de ver tudo. Eles conseguiram pensar longe e aos poucos estão suprindo essas lacunas que são deixadas. O grande problema dessa iniciativa é que muitos produtos que chegam não são tão excelentes quanto o público espera. É até normal que nem tudo seja maravilhoso e a maioria das coisas que chegam são bem medianas. Troco em Dobro entra nessa categoria do meio. Nem brilhante, nem horrível. Um filme passável.
Sinopse: “Na trama de Troco em Dobro, Spenser (Mark Wahlberg), um ex-policial mais conhecido por causar problemas do que resolvê-los, acabou de sair da prisão. Mas ele se vê obrigado a ajudar seu antigo treinador de boxe Henry (Alan Arkin) e permanece na cidade de Boston mesmo com a intenção de ir embora. Quando dois ex-colegas de Spenser são assassinados, ele recruta Hawk (Winston Duke), um lutador de MMA, para ajudá-lo a investigar e levar os culpados à justiça.”
Certamente é o tipo de filme que vai agradar aquela pessoa que não é tão ávida por filmes. Vai colocar ali pra passar, vai se divertir e logo vai esquecer. Particularmente, eu o achei no máximo ok, levando em conta o que acabei de falar no início do parágrafo. Uma história cliché que já tive a sensação de ter visto em algum outro lugar. O policial que é preso por um motivo nobre e que depois descobre que o faro dele estava certo. Admita, você já viu algo assim.
O grande diferencial poderia ser a dinâmica entre os protagonistas, mas nem isso deixa ele no mínimo memorável. Mark Whalberg (Os Infiltrados) e Winston Duke (Pantera Negra) não possuem nenhuma química em tela, seja pelas suas personalidades, seja pelo lado cômico, seja pelo poder de atuação. Tenho um carinho pelos dois atores, mas nada de bom foi extraído dessa combinação. Alan Arkin (Pequena Miss Sunshine) que é um ótimo ator também não consegue seu espaço para brilhar. O único destaque para o elenco vai para Iliza Schlesinger (Pieces of Woman) que mesmo exagerada nos traz algo um pouco mais divertido e louco. O longa ainda dá um espacinho para o cantor Post Malone.
Não sei dizer exatamente o que eu esperava dele, mas certamente uma boa dinâmica seria imprescindível. É o tipo de produto que só vemos uma vez e que depois de um tempo nem lembraremos direito. Pode ser que eu veja de novo só porque esqueci que eu já o vi. Apesar do meu exagero essa é a sensação que tive com ele. Pode ser que ao vê-lo vocês se divirtam bem mais do que eu que acabei esperando algo muito mais divertido do que vi.