Tomb Rider – A Origem
Filmes baseado em jogos de vídeo games sempre foram um problema nas telonas. Dá para se contar nos dedos quantos realmente deram certo com crítica e bilheteria. Este não é o primeiro longa feito para Tomb Raider, outros dois já foram para o cinema estrelados por Angelina Jolie (Lara Croft: Tomb Raide, de 2001 e Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida, de 2003) que até tiveram um certo sucesso, mas longe de serem aclamados. Agora em 2018 temos um reboot da franquia, dessa vez com Lara Croft no início de sua carreira como arqueóloga, e levemente baseado nos novos jogos da heroína.
Sinopse: “Lara Croft é a feroz e independente filha de um excêntrico aventureiro que desapareceu quando ela era apenas uma adolescente. Indo completamente contra os últimos desejos dele, ela deixa tudo o que conhece para trás em busca do último destino conhecido de seu pai: a lendária tumba numa ilha localizada em algum lugar na costa do Japão. Mas sua missão não será nada fácil; só a chegada à ilha já será extremamente traiçoeira.”
Já vou começar dizendo que achei melhor que os anteriores, embora eu tenha me incomodado, talvez por altas expectativas. Isso é um problema na minha vida. Só por saber que ele seria baseado nos atuais jogos da Lara Croft (que são excelentes) eu já fiquei super-empolgado, mas devo dizer que esse problema é meu. Colocando isso de lado, devo dizer que apesar dele ser muito cliché, é bem divertido. Tem bastante aventura e ação, que são basicamente o cerne da franquia. Temos vários elementos dos jogos como os quebra-cabeças, os enigmas que só a mente brilhante dela consegue decifrar, a famosa machadinha, um vilão capaz de tudo e uma relíquia daquelas impossíveis, remetendo muito a Indiana Jones.
Acabei vendo o filme em IMAX (sempre recomendo, ele sempre aumenta a emoção). A paisagem e as cenas de ação se tornam muito mais grandiosas. A cena do acidente de barco e a parte do avião destruído são simplesmente incríveis e dá uma certa aflição, mesmo sabendo que ela vai se safar de cada enrascada. Alguns problemas de CGI e fundo verde ficam bem a mostra, mas não incomodam. Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa) está linda e maravilhosa, e especialmente consegue convencer como a personagem principal, mesmo ela tendo mais idade que a personagem em si.
Em resumo, ainda não é o filme de jogos definitivo, mas é bem divertido. Vale toda a pipoca gasta, e será um bom tempo de lazer seja sozinho ou acompanhado. Certamente se der certo na bilheteria haverá continuações pela frente. Afinal o filme dá uma excelente margem para isso, com uma ponta para próximas continuações. Temos uma cena extra após o filme que é um easter egg para os fãs dos games. Poderiam ter colocado isso diretamente na história, mas deixaram pro final.