Tinha que ser ele ?
Este tipo de comédia não é inovadora, tendo em vista que já foram feitas várias paródias sobre o temido encontro de namorados com os sogros. Como exemplo, posso destacar “Entrando numa fria” (2000), “A Família da Noiva” (2005) e “Adivinhe Quem Vem Para Jantar” (1968), todas muito bem sucedidas, logo, não há porque não continuar fazendo filmes com o tema, desde que não sejam repetitivos.
“Tinha Que Ser Ele?” é uma comédia de costumes, isso é, quando satiriza uma situação do cotidiano, claro que está é feita com exageros, o personagem Laird, de James Franco, acredito eu, não tem como existir na vida real. Ele, apesar de multimilionário, não é nem de longe o genro que algum pai quer conhecer. Ainda que jovem, é 10 anos mais velho que Stephany, interpretada por Zoey Deutch (“Jovens Loucos e Mais Rebeldes”), cheio de tatuagens, algumas delas até fazem parte de momentos cômicos da trama, não para de falar palavrão, nem por um minuto, e ainda possui gostos excêntricos.
Ned, o patriarca da família, interpretado por Bryan Cranston (Breaking Bad), é um empresário, dono de um gráfica, que está a beira da falência, uma vez que, em tempos tecnológicos, a demanda de seu produto se tornou bem menor. Já o namorado da filha é um magnata, justamente, do ramo da tecnologia: ele produz games de computador, para ser mais exata. A esposa de Ned, Barb, interpretada por Megan Mullally (a icônica Karen de “Will and Grace”), está aberta a conhecer o rapaz e acaba até se abrindo para novas experiências. O filho mais novo do casal, Scotty, vivido pelo ator Griffin Gluck (“Esposa de Mentirinha”), toma o cunhado como ídolo.
Tenho dois pontos MUITO interessantes para mostrar para vocês, um é que a atriz de “The Big Bang Theory”, Kaley Cuoco, aparece no filme, sendo uma das personagens centrais da trama. O outro ponto é que esta produção, hilariante, é perfeita para fãs da banda Kiss, suas músicas são tocadas, ela é mencionada o tempo todo e ainda tem um algo mais, um “brinde”, vamos dizer assim, que não vou contar.
A verdade é que está comédia é uma das mais engraçadas dos últimos tempos, quase todos no cinema perdiam o ar de tanto rir. Ela cumpre perfeitamente seu papel, são quase duas horas de gargalhadas ininterruptas e o filme não passa do ponto chegando a ser um pastelão. Acho que, de tempos em tempos, nós precisamos desse tipo de “besteirol” para deixar, por alguns minutos, os problemas de lado, pois como diria minha atriz favorita, Audrey Hepburn: “Acho que é a coisa que eu mais gosto, rir. Cura uma infinidade de males.”